História, perguntado por moises0910m0i, 10 meses atrás

Qual a quantidade de cana de açúcar destinada a produção de açúcar, álcool etanol é a quais países o Brasil exporta cana

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Respondido por bebeka2007
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Resposta:

O cultivo de cana no Brasil supera 470 milhões de toneladas, volume processado em 357 usinas - das quais 264 estão localizadas no Centro-Sul - o que faz do País o maior produtor mundial. Uma tonelada de cana rende, em média, 118 quilos de açúcar e dez litros de álcool, produzido a partir do mel residual.  

Explicação:         explicaçao do Álcool Etanol

No Brasil, até a década de 1970, o etanol era apenas um simples subproduto da indústria canavieira. Contudo, essa situação mudou completamente a partir da primeira crise do petróleo. Desde então, o Brasil iniciou um processo de mudança na estrutura energética com a criação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que tinha o objetivo de aumentar a produção de safras agroenergéticas e a capacidade industrial de transformação, visando à obtenção de álcool para substituir o petróleo e seus derivados, em especial a gasolina (LÍRIO et al., 2006).  

Segundo Souza (2008), no período de duração do Proálcool, de 1975 até o final da década de 1980, o governo atuou instituindo diversos incentivos para o desenvolvimento da produção de álcool combustível, que podem ser divididos em duas partes principais: a primeira, destinada ao estabelecimento da estrutura produtiva de álcool no país e fomento ao desenvolvimento de tecnologia para fabricação de carro movido a álcool; e a segunda parte, orientada para a expansão da produção de álcool, incluindo a expansão da área plantada de cana.

Já na década de 1990, o setor passou pelo processo de desregulamentação com o fim das cotas de produção e liberação da comercialização do álcool combustível, modificando profundamente a estrutura e o padrão de competição do setor. Nesse contexto, as empresas passaram a adotar estratégias ligadas à especialização, diferenciação e aumento da produção de açúcar e álcool para obterem vantagens competitivas sustentáveis no mercado (PIACENTE, 2006).

Além dessas modificações na política comercial, o início do Plano Real, em 1994, e a posterior valorização do câmbio brasileiro, que durou de julho de 1994 a janeiro de 1999, proporcionaram aos exportadores maior acesso à importação de máquinas, novas tecnologias e insumos produtivos a preços mais baixos. Dessa forma, a produção nacional aumentou significativamente, fazendo que produtos brasileiros, como o etanol, se tornassem mais competitivos no comércio internacional (SILVA, 2005).

Segundo Nastari (2005), até 1999 as exportações de álcool eram realizadas principalmente para o escoamento de excedentes de produção, sem preocupação de manutenção de laços comerciais com clientes e mercados no exterior. Uma das principais razões da regra de exportar excedentes era o fato de os preços de oportunidade do etanol no mercado externo, em geral, terem sido inferiores aos preços de oportunidade do etanol no mercado interno.

A exploração de etanol, portanto, teve como origem a oferta. Foi assim que em 1984 o Brasil exportou mais de 850 milhões de litros, viu no final da década de 1980 e início da de 1990, as exportações caírem para praticamente zero e, depois, lentamente, recuperar os volumes exportados. Porém, a realidade a partir de 1999 passou a ser diferente, uma vez que com a maior liberalização do câmbio e o afloramento da competitividade do açúcar e álcool brasileiros, conquistados durante os anos de investimentos em P&D, o etanol brasileiro passou a ser competitivo com a gasolina a preços de mercado e consolidou-se definitivamente no mercado doméstico. Sendo assim, as demandas do mercado interno e externo passaram a crescer, e a expansão da indústria sucroalcooleira passou a ser influenciada pela demanda (NASTARI, 2005).

Conforme dados da Uncomtrade (2011), após o ano 2000, o Brasil apresentou trajetória crescente de sua quantidade exportada de etanol e já no ano de 2002 passou a ser o maior exportador mundial desse produto. Além disso, no período de 2006 a 2008, as exportações brasileiras de etanol representaram, em média, mais de 1% das exportações totais do país e valor superior a 36% das exportações mundiais do produto, revelando a grande importância do etanol na pauta de exportação brasileira.

Marcoccia (2007) salienta em seu trabalho que, além do destaque na produção e exportação de álcool, o segmento alcooleiro do Brasil apresenta relevância pelo seu desempenho positivo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), pela geração de divisas externas, empregos diretos e progresso tecnológico.

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