Qual a posição do padre sobre a relação entre a cultura
indígena e a conversão dos indios ao cristianismo?
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Resposta:
Numa carta ao padre Simão Rodrigues, em 1549, Nóbrega faz uma crítica severa aos “saltos”, os ataques surpresas de colonos contra índios para escravizá-los, e defende a libertação dos cativos. “Desejo muito que Sua Alteza (...) mandasse provisão para que entregasse todos os escravos salteados para os tornarmos a sua terra (...) pois disto depende tanto a paz quanto a conversão destes gentios”, escreveu. No ano seguinte, numa carta ao mesmo interlocutor, afirmou que todos no Brasil tinham “a consciência sobrecarregada por causa dos escravos que possuem” e que a exploração do trabalho indígena era a causa da “preguiça” e dos “diversos vícios” dos colonos, que só se ocupavam de “coisas sensuais” e não temiam nem a excomunhão. Nóbrega sugere que “El-Rei mandasse inquisidores e comissários para fazer libertar os escravos, ao menos os que são salteados, e fazê-los viver entre os cristãos, para que deixem os maus costumes dos gentios”. Em 1551, outra carta ao padre Rodrigues chamava de endemoniados os clérigos que comparavam os índios a “cães” e afirmavam que era lícito mantê-los cativos.
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