Geografia, perguntado por 0000018, 1 ano atrás

qual a organização da cultura oriental?

Soluções para a tarefa

Respondido por mariaejuvencio
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Os princípios de organização racional do trabalho1 popularizaram se em todo o mundo durante o grande desenvolvimen to industrial norte-americano. Após a Segunda Grande Guerra, devido à necessidade de reconstrução econômica do mundo, o interesse por um ou outro modelo de organização do trabalho tornou-se evidente para todos os países. Empregadores descobriram que deveriam olhar para além de seus países de origem e serem mais sensíveis ao contexto internacional.

Para a reconstrução econômica do mundo, o modelo americano de organização e gestão do trabalho foi escolhido. Governos e iniciativa privada enviaram numerosas missões aos Estados Unidos para estuda" seus elevados níveis de produtividade. Trouxeram de volta aos seus países novas idéias e as particularidades do ambiente americano de negócios e relações industriais. Aspectos economicos e culturais pareciam divergir dos praticados nos demais países.

Nos anos 60, foi a Alemanha que atraiu a atenção do mundo pelo rigor de seus métodos e o grande interesse em novas formas de administração e de democracia industrial. Na década seguinte, as atenções voltaram-se para a Suécia, onde experiências com grupos semi-autônomos de produção aconteciam. Nesta mesma década, o Japão emergiu como potência econômica e passou a ser o focus de atenção do mundo.

Durante os anos setenta e oitenta, empregadores e estudiosos ficaram admirados com o desempenho da economia japonesa. Missões foram enviadas ao Japão para encontrar explicações para tão elevados níveis de desempenho e um novo modelo de administração foi descoberto. Evitar incertezas, pensamento de longo prazo, flexibilidade em todos os níveis da empresa e o famoso cooperativo espírito dos trabalhadores através das sugestões, círculos de controle de qualidade, filosofia just-in-time etc. passaram a ser enfatizados.

Uma olhada nas empresas japonesas mostrou aos administradores ocidentais potencial para aumentar a produtividade que até então não havia sido utilizado em suas empresas. Mostrou também que o campo da administração deveria abrir sua visão para além da manipulação de dados e resultados financeiros trimenstrais. A necessidade de estreitar a distância entre os trabalhadores e suas empresas foi assumida como prioritária mesmo reconhecendo a dificuldade de contabilizar as despesas necessárias para tal finalidade.

O Japão parece ter conseguido uma produção flexível não somente através da cooperação de seus trabalhadores em trocar de trabalho quando necessário, mas também mantendo os estoques nos menores níveis possíveis. As empresas japonesas mantêm também reduzido número de trabalhadores em atividades funcionais, não diretamente ligadas à produção. Grosseiramente não é demais afirmar que o Japão é característicamente um país produtor de manufaturados, enquanto que outros países como os Estados Unidos são mais orientados ao consumo de bens industrializados.

O dinamismo econômico japonês do pós-guerra não só revitalizou a ênfase na organização racional do trabalho; particularmente nos aspectos mais diretamente relacionados à produção, mas também nos aspectos organizacionais com seus muitos keiretsu (grupos industriais) e aspectos comerciais com suas sogo shosha (companhias trading). Revitalizou também a produção acadêmica nas áreas de economia e administração, que na sua maioria dispersou-se em discussões emocionais e ideológicas sobre a convergência ou divergência de modelos de desenvolvimento econômicos.

Neste artigo, procura-se introduzir ao administrador brasileiro alguns aspectos culturais e organizacionais japoneses relacionados ao trabalho produtivo. Procura-se sistematizar alguns, aspectos largamente divulgados na literatura acadêmica e de fácil compreensão e aplicação em qualquer ambiente de trabalho. Desnecessário dizer que todos os pontos abordados são discutíveis e merecem ser estudados com maior profundidade. Para tal finalidade um mínimo de bibliogafia é recomendada no final do artigo.

 

ALGUNS ASPECTOS CULTURAIS

Colegas japoneses do mundo acadêmico ou das grandes empresas estão sempre dizendo que uma das coisas mais difíceis para os japoneses é explicar as "coisas japonesas" para os estrangeiros. Este fato é também enfatizado em quase toda a literatura sobre administração japonesa. Na maioria dos casos, os mal-entendidos que sempre ocorrem não são somente devidos a vieses profissionais, mas também aos infinitos problemas lingüísticos..

espero  ter o ajudado .


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