Sociologia, perguntado por erick8318, 11 meses atrás

qual a inter relaçao entre etnia, racismo e raça

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Respondido por renangiffoni
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Etnia é um grupo definido pela mesma origem, afinidades linguísticas e culturais, enquanto que raça como distinção entre os homens é um conceito socialmente construído de que existiriam diferenças biológicas entre as etnias.


O racismo é um conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias.

Respondido por anaelizasabbi
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Munanga, faz uma abordagem sobre o conceito de raça, racismo, etnia e identidade, procurando demonstrar a partir da definição da palavra raça e todo o seu simbolismo em nossa sociedade. Parte do conceito etimológico da palavra que tem origem na palavra latina ratio, que significa sorte, categoria, espécie. Observa que em princípio raça foi primeiramente utilizado na zoologia e na botânica, para classificar animais e plantas. Nos séculos XVI e XVII o conceito de raça passa a atuar nas relações entre classes sociais, em especial na França, onde os Francos (nobres) em oposição aos Gauleses (plebeus). Percebe-se que o conceito raça sai da área das ciências biológicas, para entrar no campo social, buscando legitimar as relações entre classes sociais, onde pode se observar o próprio conceito utilizado pela Igreja, que buscando uma explicação para a classificar os “outros”, que não fossem brancos europeus, utilizava o mito dos Reis Magos, para justificar a existência das raças dos semitas, brancos e negros, como filhos de Adão, excluindo o povo indígena.

 

Uma abordagem das noções de raça, racismo e etnia.

No século XVIII, o século das luzes, é colocado em debate a questão para identificar que eram os “outros”, abrindo mão do conceito de raça já existente, classificando a diversidade humana em raças diferentes. A classificação é um dado de unidade do espirito humano, pavimentando o caminho do racionalismo. Para uma operação de classificação é necessário estabelecer alguns critérios objetivos com base na diferença e semelhança. “No século XVIII, a cor da pele foi considerada como critério fundamental e divisor d’água entre as raças.” (P. 3) A melanina passou a ser o marco divisor na formação das raças branca, negra e amarela.

Já no século XIX o cientificismo passa a acrescentar outros critérios que não só a cor da pele, mas também critérios morfológicos como forma de nariz, lábios, queixo e crânio, buscando aperfeiçoar a classificação.

No século XX, com o progresso da genética humana, novo valores sanguíneos são anexados, onde o cruzamento de critérios de cor de pele, morfológicos e químicos, dão origem a dezenas de raça, sub-raças e sub-sub-raças. Através desses estudos os cientistas chegaram a conclusão de que a raça não é uma realidade biológica, mas sim apenas um conceito cientificamente inoperante para explicar a diversidade humana. “A invalidação científica do conceito raça não significa que todos os indivíduos ou todas as populações sejam geneticamente semelhantes.” (p. 5)

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