História, perguntado por luisraphael399, 8 meses atrás

qual a importancia para a sociedade moderna e contemporenea​

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Respondido por elmasattis
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Resposta:

Na sociedade contemporânea muitos são os acontecimentos que levantam o questionamento acerca da duração das coisas. Aparentemente, tudo que era eterno passa a ceder a uma espécie de intensa efemeridade. O que era para sempre não é tão para sempre assim. As consequências da afirmação dessa efemeridade não pertencem simplesmente ao campo teórico-acadêmico, mas forjam implicações diretas na organização da vida das pessoas em sua cotidianidade.

Bauman é um sociólogo polonês, que viveu muitas dificuldades em toda a sua história, especialmente em função da perseguição nazista da Segunda Grande Guerra, e depois, por causas de suas convicções, é o fundamento escolhido para o estabelecimento de categorias de análise da realidade contemporânea.

Far-se-á, portanto, a exposição de importantes fragmentos da bibliografia de Bauman, com o objetivo de elucidar e analisar melhor os fenômenos das relações humanas na sociedade hodierna e os desafios que se afirmam e se anunciam frente às relações sociais.

Para tanto, o artigo apresenta, em primeiro lugar, a biografia de Zygmunt Bauman; em seguida, fragmentos de uma parte de sua vasta bibliografia, especialmente elementos que contribuem para o entendimento do conceito de líquido como chave hermenêutica da sociedade; e, por fim, considerações acerca da urgência de transformar a sociedade líquida em uma realidade mais consistente que supere a insegurança e ofereça perspectivas de vida às pessoas.

Biografia

Zygmunt Bauman nasceu em Poznan, na Polônia, no dia 19 de novembro de 1925. Em 1939, foi obrigado a, junto com seus pais, também judeus, fugir da Polônia por causa das tropas nazistas que invadiram o país e aprisionaram muitos judeus nos campos de concentração. Eles se refugiaram, então, na União Soviética. Em 1943, aos 18 anos, Bauman se alistou no exército polonês formado na própria União Soviética e, em 1945, entrou para o Serviço de Inteligência Militar, onde permaneceu por três anos.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Zygmunt voltou para Varsóvia, onde conciliou a sua carreira militar com os estudos universitários e com a militância no Partido Comunista. Em 1946, ingressou na Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade de Varsóvia, onde inicialmente começou a estudar Sociologia, mas logo teve que passar para o curso de Filosofia, já que aquela disciplina foi cancelada por razões ideológicas. Continuando a sua vida acadêmica, Bauman encerrou o mestrado em Filosofia; entretanto, em seu doutorado, o qual se encerrou em 1956, voltou o seu olhar e atenção novamente para a Sociologia.

Em 1948, casou-se com Janina Bauman, que também era escritora. Uma judia de família próspera que sobreviveu aos horrores da invasão nazista. Juntos, viveram até 2009, ano em que ela morreu, e tiveram três filhas, Anna, Irena e Lydia.

Em março de 1968, uma série de protestos de professores, estudantes e artistas que lutavam contra a censura do regime, culminou com a obrigação de muitos poloneses de origem judia a deixarem o país. Bauman e sua mulher foram também expulsos da Polônia e se exilaram em Israel, onde ele lecionou na Universidade de Tel-aviv. Em 1971, foi convidado para lecionar Sociologia na Universidade de Leeds, Inglaterra, onde também dirigiu o departamento de Sociologia da Universidade até sua aposentadoria, em 1990.

Sua aposentadoria não o fez parar de contribuir com a história do pensamento e com suas análises sociológicas. Ele escreveu até a sua morte, em nove de janeiro de 2017, aos 91 anos. Bauman deixou, além de uma bibliografia bem extensa, um grande legado através de seus livros que nos revelam o seu pensamento e um importante contributo para a compreensão da sociedade contemporânea.

A teoria de Bauman sobre “tempos líquidos”

O tempo em que estamos vivendo é chamado por muitos pensadores como ‘pós-modernidade’, termo que foi cunhado e popularizado pelo pensador francês Jean François Lyotard. Tal terminologia, porém, não é fruto de uma discussão já pacificada. A questão que persiste é acerca do real estabelecimento de um novo paradigma, distinto do forjado pela modernidade. Embora essa discussão seja de extrema importância, ela não é matéria deste artigo, o que se pode apontar sobre isso é que Bauman não utiliza este termo para caracterizar a sociedade hodierna, mas prefere lançar mão da metáfora do líquido/sólido, conceituando o tempo presente como “tempos líquidos”.

Para este autor, o líquido sofre constantes mudanças e não conserva a sua forma por muito tempo; por isso utiliza esta metáfora para o estilo de vida da contemporaneidade. A sociedade atual se assemelha ao estado líquido da água pela sua vulnerabilidade e fluidez, sendo incapaz, em suas várias manifestações e representações, de manter a mesma identidade, a mesma solidez por muito tempo, vivendo um tempo de fragilidade nas relações sociais e nos laços humanos.

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