qual a importância ecologica do cerrado?
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Resposta:
O Cerrado, por apresentar grande biodiversidade, é ecologicamente e biologicamente de extrema importância. Esse bioma compreende uma área que, há centenas de anos, foi habitada por populações indígenas, como os Karajás e Xerentes, que tiravam dele seu sustento por meio dos recursos naturais da fauna e da flora.
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Espero ter ajudado. Bons estudos!
IMPORTÂNCIA DO CERRADO -
Cerrado é o maior hotspot no Hemisfério Ocidental, cobrindo mais de 2 milhões de km² no Brasil e partes menores (cerca de 1%) da Bolívia e do Paraguai. O bioma Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, cobrindo uma área de 2.039.386 km², 24% do território do Brasil.
Reconhecido como um hotspot global de biodiversidade, o Cerrado destaca-se pela abundância de espécies endêmicas, abrigando aproximadamente 12.070 espécies de plantas nativas catalogadas, das quais 34,9% (4.208) são endêmicas¹. O Cerrado contém 13,4% de todas as espécies de plantas na região neotropical e 1,5% de todas as espécies de plantas do mundo. A grande diversidade de habitats resulta em transições notáveis entre as diferentes tipologias de vegetação. Um total de 251 espécies de mamíferos vive no Cerrado, juntamente com avifauna rica, que compreende 856 espécies. A diversidade de peixes (800 espécies), répteis (262 espécies) e anfíbios (204 espécies) também é elevada. Por essas razões, em termos biológicos, o Cerrado é considerado uma das regiões de savana tropical mais ricas do mundo².
Além de suas especificidades ambientais, o Cerrado também apresenta grande importância social. Muitas pessoas dependem dos recursos naturais que o bioma oferece para sobreviver com qualidade de vida, incluindo grupos indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos e quebradeiras de coco babaçu, que são parte do patrimônio histórico e cultural do Brasil e compartilham o conhecimento tradicional da biodiversidade. Mais de 220 espécies são conhecidas para uso medicinal e muitas frutas nativas são regularmente consumidas por moradores locais e vendidas nos centros urbanos, como o pequi (Caryocar brasiliense Cambess.), buriti (Mauritia flexuosa L.f.), mangaba (Hancornia speciosa Gomes), cagaita (Eugenia dysenterica (Mart.) DC.), bacupari (Salacia crassifolia (Mart. ex Schult.) G.Don), araticum (Annona crassiflora Mart.) e baru (Dipteryx alata Vogel).
No entanto, numerosas espécies de plantas e animais estão ameaçadas ou correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas não são protegidas por nenhuma das áreas protegidas legais e pelo menos 339 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção, de acordo com as listas oficiais. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu com a ocupação humana. É esta combinação de condições, elevada biodiversidade e alto grau de ameaça pela perda de habitat, que fez com que esses dois biomas fossem considerados prioritários para o investimento em conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos.
Apesar das ameças, o conhecimento sobre a biodiversidade do Cerrado evoluiu significativamente na última década. No entanto, muitas lacunas que ainda existem sugerem a necessidade de maiores investimentos em inventários e estudos para diferentes grupos biológicos³. Pesquisas mostram que, entre 1998 e 2008, 1.300 novas espécies de vertebrados foram descritas por cientistas no Brasil4. Destas, 347 espécies de vertebrados foram encontradas em locais de Cerrado, sendo 222 novas espécies de peixes, 40 anfíbios, 57 répteis e 27 mamíferos. Estes números reveladores reforçam a relevância biológica colossal do Cerrado.
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