História, perguntado por KAROLAYNECASTO, 11 meses atrás

qual a importância dos sítios arqueológicos na construção da pré-história no brasil?

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Respondido por gabrielatitton
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A Arqueologia é uma ciência social que se preocupa em compreender ou obter informações sobre as sociedades e as formas antigas de organização humana por meio do estudo direto de evidências históricas. O mais comum é que os estudos sejam empreendidos por pesquisas sobre o solo e materiais arqueológicos que foram soterrados ou danificados ao longo do tempo.

Sabemos que a construção das sociedades, civilizações e todo o espaço geográfico produzido pelas atividades humanas expressam-se a partir de um conjunto de técnicas e objetos técnicos. Assim, o grau de avanço do uso dessas técnicas e da produção desse objetos diretamente influencia o modo de funcionamento dessas sociedades. Assim sendo, a obtenção de informações sobre esses elementos pela Arqueologia é de vital necessidade para compreendermos como os seres humanos realizavam suas atividades e construíam seu espaço em tempos remotos.

Os sítios arqueológicos são as localidades onde se realizam os estudos de arqueologia. Eles são considerados áreas de patrimônio onde é possível obter uma larga quantidade de informações acerca de práticas, valores e estruturas das sociedades antigas. Essas áreas precisam ser corretamente apontadas e preservadas para que nenhum patrimônio de informações históricas seja perdido.

Ademais, é importante que se esclareça a diferença entre arqueologia e paleontologia, pois são áreas totalmente diferentes entre si. Enquanto a arqueologia estuda as sociedades humanas antigas, a paleontologia estuda o passado geológico da Terra como um todo, em tempos muito anteriores à constituição da humanidade. Portanto, é errado dizer, por exemplo, que existe “um sítio arqueológico de dinossauros”, pois se trata, na verdade, de um sítio paleontológico.

De acordo com muitos historiadores do pensamento científico, o início da Arqueologia é atribuído ao período do Renascimento, ao longo do século XVI, diante da curiosidade cada vez mais crescente sobre informações perdidas sobre o passado das sociedades ao longo da evolução dos tempos. O principal lugar das primeiras práticas arqueológicas foi a Itália, onde as primeiras grandes descobertas realizaram-se, com destaque para a descoberta das cidades de Pompeia e Herculanum, que haviam sido soterradas por cinzas da erupção do vulcão Vesúvio.

Com o tempo, à medida que as técnicas e metodologias científicas foram se aperfeiçoando, mais a Arqueologia evoluiu e conseguiu angariar maiores consquistas. No século XIX, já era possível elaborar as primeiras teorias e debates sobre o modo de vida humano na Pré-história, período anterior ao desenvolvimento da escrita. Já no século XX, o grande volume de descobertas fez com que essa ciência encontrasse o seu auge e atingisse uma maior popularidade, embora até hoje exista a problemática do tráfico de peças e artefatos antigos, o que dificulta os estudos sobre o passado da humanidade.

O arqueólogo possui um bom horizonte de trabalho, pois, além de atuar diretamente em pesquisas em áreas de sítios arqueológicos, o profissional da área pode obter outras atribuições de recorrentes necessidades. Pela legislação vigente, para construir edificações ou lotear certos terrenos, é preciso antes que se realizem estudos e obtenha-se laudos sobre a arqueologia do local para que se evite o risco de que patrimônios antigos sejam perdidos. Esse estudo só pode ser realizado pelo arqueólogo, que passa, então, a ter uma grande demanda de trabalho.

Além disso, costuma haver muitas vagas para esse profissional em órgãos públicos ligados à história e à cultura, tais como o Ministério público, o IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), entre outros.

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