História, perguntado por Ninguém42, 1 ano atrás

Qual a importância do mercantilismo para a formação das Monarquias Nacionais?

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Respondido por guilherme1016
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No final da Idade Média a economia auto-suficiente e o poder descentralizado típicos do feudalismo foram gradualmente substituídos por uma economia comercial e pelo poder centralizador dos soberanos, originando as monarquias nacionais centralizadas, para atender aos interesses dos reis e da burguesia em ascensão.

Com as contradições da estrutura feudal, que não era mais capaz de atender às necessidades dos europeus, houveram várias revoltas camponesas, sendo necessária a centralização do poder para contê-las. Também a favor da centralização estavam os burgueses, surgidos no final da Idade Média com o desenvolvimento do comércio, e que eram prejudicados pelas leis do sistema feudal.

Os burgueses possuíam muito capital acumulado, mas não tinham prestígio político para centralizar o poder. Sendo assim, aliaram-se aos reis, que também estavam interessados em fortalecer seu poder, mas não podiam contar com a nobreza para defender seus interesses, porque desta forma essa sairia prejudicada.No século XV, na maior parte do território europeu, o poder político já não estava nas mãos dos senhores feudais. A unificação lingüística, o respeito para com o rei e a idéia de pertencer a um país, e não mais a uma região, fortaleceram o sentimento nacionalista. 

O Estado nacional tinha poder absoluto, que foi imposto através de três recursos: um corpo de funcionários treinados obedientes ao rei, a criação de uma capital e de um exército nacional fiel ao rei, que serviu para consolidar o Estado moderno.

O rei sustentava seu poder através do direito romano e de alguns resquícios do sistema feudal, e governava de acordo com sua religião, mas sem se subordinar à Igreja.

As normas nas monarquias nacionais eram rígidas e limitavam a liberdade dos indivíduos à vida cotidiana. A Idade Moderna lançou a idéia do lucro e da riqueza e abominava tudo que fosse contra isso; a liberdade era garantida de acordo com a riqueza, todos deveriam saber o seu lugar e os mais pobres e miseráveis eram excluídos da sociedade.

Dessa forma, estava formada a monarquia nacional ou estados modernos em toda a Europa, exceto nas atuais Alemanha e Itália. Os nobres feudais tornaram-se dependentes de favores reais e a burguesia dominante se enobreceu.

O Estado absolutista, adotado na maior parte dos países da Europa na idade moderna, foi o ápice do Estado moderno. Nele, o poder político estava concentrado nas mãos dos reis e era legitimado através de Deus. Além disso, alguns pensadores justificavam o Estado absolutista através de livros, como Maquiavel, com O Príncipe, que dizia que os fins justificavam os meios, e Thomas Hobbes com O Leviatã.

Algumas características feudais ainda eram mantidas nos Estados absolutistas, como por exemplo, a nobreza era a camada dominante, sendo levada em consideração a tradição do indivíduo. A servidão e o pagamento de impostos ainda eram mantidos em algumas propriedades. As camadas sociais estavam divididas com o clero na primeira ordem, a nobreza na segunda, e a burguesia e as camadas populares na terceira, com o rei acima de todos.

No plano econômico o absolutismo marcou a transição do feudalismo ao capitalismo. Já no plano político, marcou a centralização do poder nas mãos dos reis, possibilitando o controle das massas camponesas e adequando-se ao surgimento da burguesia. Para controlar os nobres o rei buscou o apoio da burguesia, concedendo a essa monopólios comerciais.

Todos submetiam-se ao Estado. Os nobres, para tentar manter seu padrão de vida; e os burgueses, para garantirem o lucro através da expansão marítima e da exploração de colônias.

Na Baixa Idade Média, surgiram as Corporações de Ofício, que regulamentavam a economia, definindo os preços, a qualidade dos produtos e os salários pagos, já que a Igreja pregava que ninguém deveria ganhar mais do que o necessário para sustentar sua família. À política de intervenção das cidades medievais na economia, dá-se o nome de mercantilismo. 
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