qual a importância do direito segundo Maquiavel?
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Maquiavel (1469-1527) viveu durante o governo de Lourenço de Médici, e trabalhou por 14 anos junto ao governo de Florença, e vale ressaltar que sua obra mais aclamada foi lançada após sua morte, no ano de 1532. A família de Maquiavel estava participando da política há mais de três séculos, talvez por isso Maquiavel conhecia tão bem sobre o mundo que iria apresentar mais tarde em sua obra, tão útil até os dias de hoje. Maquiavel viveu no final do século XV e início do XVI, ou seja, no final da idade média. Um período de transição para a Idade Moderna, na cidade de Florença, lembrando que a Itália, como conhecemos hoje, não existia, mas era constituída de várias cidades-estados, “enquanto que França e Espanha já eram fortes do ponto de vista político e prósperas, do ponto de vista econômico”, conforme afirma o professor Anderson.
Florença, onde Maquiavel vivia passava por um período muito conturbado, com muitas revoluções, golpes e mudanças, e é nesse lugar, que ele escreve sua grande obra, O Príncipe. Nesse período vale destacar também o Renascimento, que é um movimento que marca o início da Idade Moderna, no qual, surge uma burguesia mercantil crescente, que devido às grandes navegações começa a adquirir posses e exigir maior proteção do Estado. Além de Maquiavel, com seus conceitos sobre a política, também há outras ideias e autores escrevendo, como Shakespeare, famoso dramaturgo, e também vale destacar nesse período renascentista, o grandioso Leonardo da Vincci. Voltando ao momento histórico e político que Maquiavel vivia, destacamos a falta de unidade nacional na Itália, além de suas intrigas diplomáticas, o que faz com que ela sofra constantes invasões. (FRAZÃO, 2017). É nesse período caótico que Maquiavel acaba se inspirando e que vai retratar em O Príncipe. Maquiavel perde seu cargo no ano de 1512, e em 1513, acaba sendo acusado de conspiração, sendo posteriormente preso e torturado. O termo Estado, foi cunhado pela primeira vez por ele, porém ele não desenvolveu suas características, pelo menos não como conhecemos o Estado hoje.
Maquiavel traz uma separação clara entre política e ética, talvez por isso, o termo maquiavélico ganhou notoriedade, porém, o que ele quis trazer em sua obra, foi um raio-x de como um governante deve agir para chegar ao poder e manter-se nele. Ataíde (2009) traz algumas características e lições, na qual podemos destacar algumas como a não necessidade de ser bom, mas parecer bom; a preocupação naquilo que de fato funcione, ou seja, no mundo como ele é não como “deveria ser”; também fala acerca da crueldade, que segundo ele, deve ser feita de uma única vez, pois será menos sentida; ao passo que os benefícios devem ser concedidos em partes, pois serão melhor apreciados.
Maquiavel afirma que um príncipe não deve se importar se o consideram cruel, se o “remédio dado” for para manter os súditos unidos e leais (ATAÍDE, 2009). Por fim, outras duas lições merecem menção são: para Maquiavel, entre ser temido ou amado, seria bom que fosse os dois, mas como isso não é possível ao mesmo tempo, é mais seguro ser temido que amado; e também ele aconselha ao príncipe que ele deve “atuar como raposa e leão, ou seja, não deve descuidar de sua dignidade perante a plebe e não mostrar sua origem humilde, quando for o caso, para não ser desprezado”.
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