Qual a importância do cristianismo para a implantação do processo de colonização europeia na América?
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Resposta:
1 Precisando conceitos
Falar em História do Cristianismo na América Latina implica, antes de tudo, precisar alguns conceitos básicos: o que se entende por Cristianismo e o que implica o contexto Latino-americano.
Dos tempos da descoberta da América (1492) até a terceira década do século XIX, propor uma História do Cristianismo na Hispano-américa significava fazer referimento quase que exclusivamente à História da Igreja Católica no Novo Mundo. Somente no final do século XX começaram a aparecer os primeiros trabalhos históricos sistemáticos sobre o Cristianismo na América Latina. Mesmo assim, a maioria dos autores que abordou o tema em seus manuais tratou o Cristianismo como sinônimo de “Igreja Católica Apostólica Romana” e compreendeu a América Latina como um continente eminentemente “cristão”. Por outro lado, também os autores que tiveram uma pretensão mais ecumênica, trataram o protestantismo histórico (luteranos, calvinistas, metodistas, batistas), o anglicanismo e o pentecostalismo como apêndices à história do catolicismo na América Latina. Por isso, a história do Cristianismo na América Latina ainda carece de uma tratativa que considere a história ecumênica da “Igreja”, de acordo com o seu conceito mais próprio, isto é, como fruto do chamado de Jesus Cristo, confessado pelos cristãos, como filho de Deus. Neste sentido, mais do que instituição humana, o conceito eclesiológico de Igreja deveria ser tratado como movimento histórico do corpo místico de Cristo, comunidade dos santos, povo de Deus, mediatizada pelos sinais históricos como a evangelização pelos sacramentos do batismo, da eucaristia, do matrimônio, da confissão, pela ordenação presbiteral; pela oração e pelas devoções, pelas vocações, pela cruz, sofrimentos e perseguições. Esta eclesiologia abriria espaço a uma historiografia ecumênica.
As definições de “cristianismo” nos diferentes estudos historiográficos apresentam significativas variações. Para uns, cristianismo identificaria uma corrente de pensamento, de conduta, de educação, de ordenamento social, jurídico e político, cuja raiz estaria na vivência de fé na Igreja. No seu sentido mais amplo, seria a repercussão da tradição cristã em todos os âmbitos da vida, assim como foi considerada numa determinada época.
Latino-américa, por sua vez, é um conceito cultural, não geográfico. Foi cunhado na França, no século XIX, para designar o âmbito dos países americanos que se iam configurando constantemente com a civilização latina, por intervenção de espanhóis, portugueses, franceses e italianos. Com frequência, a historiografia usa o conceito de Ibero-américa para designar os países ao sul dos Estados Unidos. Já o conceito de América Latina é mais amplo, uma vez que poderia incluir as antigas possessões espanholas que hoje têm tradições inglesa, francesa e holandesa. Todavia, este mesmo conceito tem uma unilateralidade importante, pois exclui os elementos culturais indígenas e africanos e, de certa forma, perpetua a ideia conceitual do estado de dependência cultural do hemisfério meridional da América com relação à Europa.
2 Especificidade do contexto Latino-americano
Um segundo elemento importante a ser considerado numa história do Cristianismo é o seu contexto, ou seja, a América Latina, enquanto continente multifacetário. A América Latina, longe de apresentar-se unitária, como o nome parece sugerir a primeira vista, apresenta-se fundamentalmente dividida linguística e culturalmente entre as culturas hispânica e aquela portuguesa. Além disto, a América Latina foi palco de ações do sistema colonial europeu, do imperialismo europeu e norte-americano, de revoluções, ideologias e teologias.
Explicação:
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