História, perguntado por fiel5, 11 meses atrás

Qual a importância do café para o Brasil na segunda metade do século xlx

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Respondido por damnjullia
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A economia baseada na produção e exportação do café é conhecida como o terceiro ciclo da economia colonial brasileira, depois do ciclo da cana-de-açucar no nordeste e o ouro na região das Minas Gerais.
Assim como nos outros dois ciclos economicos posteriores, a economia gerada com o cefé redefinil a geografia brasileira.
A expansão do setor cafeeiro no Brasil ocorre à partir de meados do século XIX com a decadência da mineração. Com os principais produtos da pauta de exportação do país apresentando declínio no mercado externo, a economia nacional atravessa um período de estagnação. Havia uma infra-estrutura subutilizada em função do declínio das atividades econômicas mencionadas - como instalações, transportes, comercialização, terras férteis e disponibilidade de um estoque de mão-de-obra escrava ociosa ou semi ociosa. Por outro lado, os fatores externos, como o aumento do consumo de café na Europa e nos Estados Unidos, e pelo lado da produção, a ruína dos principais produtores mundiais de café como Java (devido a uma praga) e Haiti (por levantes de escravos), contribuíram para transformar o Brasil no maior fornecedor de café do mercado mundial.
É incontestável a importância do café para o processo de formação e desenvolvimento da economia brasileira, este produto tornou-se fator determinante no processo de formação do capitalismo brasileiro.

Resumidamente dois fatores foram essenciais para o surgimento do capitalismo brasileiro que teve como base o ciclo economico do café. O primeiro foi A Lei de Terras, de 1850, deu oringe a propriedade privada da terra no brasil. E o segundo o fim da escravidão que abriu a possibilidade da formção de mão-de-obra assalariada e consequente consolidou um mercado consumidor interno.


O desenvolvimento da economia cafeeira junto aos dois fatores citados acima, propicia o crescimento político e social dos homens de negócio do café, gerando a denominada “burguesia cafeeira”. Assim, a economia e o capital cafeeiros ultrapassam as lavouras. Os principais líderes dessa nova marcha não se limitaram em organizar e dirigir plantações de café, eram homens com ampla experiência comercial, com interesses bem mais abrangentes, preocupados com aquisição de terras, recrutamento de mão-de-obra, organização e direção da produção, transporte interno, comercialização nos portos, contatos oficiais e interferência na política financeira e econômica.

A expansão do setor cafeeiro determinou, por conseguinte, o desenvolvimento das estradas de ferro em função da necessidade devido a expansão na produção, o desenvolvimento da mecanização, substituindo secadores manuais pelos mecânicos e introduzindo no processo produtivo os classificadores a vapor. A transferência em massa de trabalhadores europeus para as lavouras cafeeiras ocorrida em 1870, propiciará a mudança da mão-de-obra escrava para a mão-de-obra assalariada, O desenvolvimento do setor cafeeiro exerce, ainda, forte influência nas casas bancárias, através das casas de exportação, cujo capital se constituiria no embrião para o desenvolvimento dos primeiros bancos, conforme pode-se observar, o capital cafeeiro se desenvolve assumindo múltiplas funções, quer seja como capital agrário ou como capital industrial, permitindo ao país reintegrar-se nas correntes em expansão do comércio mundial.
Respondido por 03899124197
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Se tomarmos o processo histórico a que passou a economia brasileira, observaremos que a entrada do café data do começo do século XVIII. A despeito disso, ganha notoriedade econômica para o governo e o mundo apenas na segunda metade do XIX, por volta de 1860.


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