qual a importancia da igreja e da religiao na idade media ??
a partir do seculo 3 o imperio romano conheceu um longo processo de desestruturacao. Disserte acerca das transformacoes: politicas economiicas e socias ocorridas apos esse periodo!
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Cara Mari,
Com o fim do Império Romano houve uma desestruturação política e econômica das cidades, de modo que o foco da vida social passou a serem os feudos, que eram grandes propriedades rurais, nas quais se praticava, principalmente, a agricultura. Tratava-se, portanto, de uma economia essencial agropastoril.
No sistema de produção feudal ou de servidão verificamos que a atividade ligada à agricultura permanece como uma das principais ocupações dos trabalhadores, constituindo a grande maioria dos camponeses que viviam nos feudos, dependentes das decisões dos senhores feudais. Isso resultou na quase ausência de mobilidade social no período.
O trabalhador, nesse sistema, não era tratado como objeto e nem propriedade do senhor feudal, apesar disso estavam obrigados a viver nas terras em que trabalhavam. Nesse sentido, os servos eram incluídos na venda ou herança das propriedades, além de serem obrigados a trabalhar em áreas nas quais a produção era destinada ao senhor feudal, dentre outras taxas.
Pode-se concluir que a economia estava voltada para o âmbito local, associado à subsistência e autossuficiente , de maneira que era produzido no feudo quase tudo que se necessitava, com eventuais trocas. Para alguns produtos, como sal, pimenta, cravo e outras especiarias, utilizava-se alguns tipos de moedas.
Durante esse período, a Europa mergulhou na "Idade das Trevas", pois as pessoas olhavam as ruínas das cidades e viam banhos públicos, encanamentos de água, obras de arte e de engenharia extraordinários, dentre outras características. Comparavam a sujeira, a fome, o sofrimento, o trabalho excessivo e sem perspectivas de melhoria, a insegurança constante, a falte de médicos, dentre outras coisas, percebendo que viviam muito pior ao se compararem a época dos romanos. O número de pessoas alfabetizadas diminuiu muito. O de escritores, ainda mais. As pessoas, desesperadas frente às duras condições de vida e às constantes violências às quais eram submetidas, buscavam a igreja para conseguir paz, mesmo que fosse na vida após a morte. Buscando garantir sua vaga no céu, doavam seus bens e suas terras para os padres e religiosos, de modo que a igreja católica chegou a ter mais de 60% das terras europeias.
Enfim, conforme bem retratado no filme (e livro) "O nome da Rosa", as consequências da queda de Roma foram séculos de ignorância, misticismo, selvageria, sofrimento, dor, desespero, fome, nos quais havia uma estrutura de organização social baseada nos feudos, grandes propriedades de terra sob domínio do senhor feudal, que eram, praticamente autossuficientes, realizando, eventualmente, trocas.
Vê-se, portanto, que o poder estava, intimamente, ligada à posse da terra. Quanto mais terras uma pessoa possuísse, mais poderosa ela era.
Bons estudos!
Com o fim do Império Romano houve uma desestruturação política e econômica das cidades, de modo que o foco da vida social passou a serem os feudos, que eram grandes propriedades rurais, nas quais se praticava, principalmente, a agricultura. Tratava-se, portanto, de uma economia essencial agropastoril.
No sistema de produção feudal ou de servidão verificamos que a atividade ligada à agricultura permanece como uma das principais ocupações dos trabalhadores, constituindo a grande maioria dos camponeses que viviam nos feudos, dependentes das decisões dos senhores feudais. Isso resultou na quase ausência de mobilidade social no período.
O trabalhador, nesse sistema, não era tratado como objeto e nem propriedade do senhor feudal, apesar disso estavam obrigados a viver nas terras em que trabalhavam. Nesse sentido, os servos eram incluídos na venda ou herança das propriedades, além de serem obrigados a trabalhar em áreas nas quais a produção era destinada ao senhor feudal, dentre outras taxas.
Pode-se concluir que a economia estava voltada para o âmbito local, associado à subsistência e autossuficiente , de maneira que era produzido no feudo quase tudo que se necessitava, com eventuais trocas. Para alguns produtos, como sal, pimenta, cravo e outras especiarias, utilizava-se alguns tipos de moedas.
Durante esse período, a Europa mergulhou na "Idade das Trevas", pois as pessoas olhavam as ruínas das cidades e viam banhos públicos, encanamentos de água, obras de arte e de engenharia extraordinários, dentre outras características. Comparavam a sujeira, a fome, o sofrimento, o trabalho excessivo e sem perspectivas de melhoria, a insegurança constante, a falte de médicos, dentre outras coisas, percebendo que viviam muito pior ao se compararem a época dos romanos. O número de pessoas alfabetizadas diminuiu muito. O de escritores, ainda mais. As pessoas, desesperadas frente às duras condições de vida e às constantes violências às quais eram submetidas, buscavam a igreja para conseguir paz, mesmo que fosse na vida após a morte. Buscando garantir sua vaga no céu, doavam seus bens e suas terras para os padres e religiosos, de modo que a igreja católica chegou a ter mais de 60% das terras europeias.
Enfim, conforme bem retratado no filme (e livro) "O nome da Rosa", as consequências da queda de Roma foram séculos de ignorância, misticismo, selvageria, sofrimento, dor, desespero, fome, nos quais havia uma estrutura de organização social baseada nos feudos, grandes propriedades de terra sob domínio do senhor feudal, que eram, praticamente autossuficientes, realizando, eventualmente, trocas.
Vê-se, portanto, que o poder estava, intimamente, ligada à posse da terra. Quanto mais terras uma pessoa possuísse, mais poderosa ela era.
Bons estudos!
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