História, perguntado por analivia4092, 7 meses atrás

Qual a importância da cultura na luta contra o regime militar?

agradeço desde já!​

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Respondido por mariaeduarda1231442
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Resposta:

Já no começo do Regime Militar (1964-1985), o governo federal se utilizou das mais diversas estratégias de coerção e controle da opinião pública. Os Atos Institucionais e a censura prévia à imprensa foram apenas dois desses mecanismos, amplamente utilizados ao longo de boa parte do período ditatorial no combate aos setores de oposição.

A repressão oficial não impediu, no entanto, que os mais variados grupos sociais tenham se mobilizado em reação aos desmandos dos governos militares. Ao contrário, à medida que as censuras se aprofundavam, os movimentos de resistência se radicalizavam, o que pode ser evidenciado na Passeata dos Cem Mil e no crescimento de grupos subversivos armados.

Em cena, a resistência

O Pasquim (Foto: Reprodução)

O Pasquim (Foto: Reprodução)

As mobilizações contra o Regime Militar não se limitaram ao espaço das passeatas e das organizações paramilitares. Os jornais, por exemplo, foram amplamente utilizados como veículo de denúncia dos autoritarismos governamentais. A despeito da censura oficial, publicações como o Pasquim se valeram das “letras” para atacar, quase sempre metaforicamente, tais desmandos.

No teatro, muitas apresentações continham um forte teor revolucionário. Nos palcos do Opinião, Oficina e Arena, espetáculos eram montados em represália ao conservadorismo social e ao limites políticos da época. O CPC (Centro Popular de Cultura), ligado à UNE (União Nacional dos Estudantes), partilhava das ideias de Bertolt Brecht, que entendia o teatro como uma “importante arma de combate político”. Com a outorga do AI-5, muitas companhias de teatro foram extintas, o que não invalidou, porém, a força combativa dessas encenações.

Em relação ao cinema, boa parte das produções era realizada pelos artistas do Cinema Novo. O movimento, que sempre teve nas reflexões sobre a identidade nacional brasileira uma preocupação basilar, possuía agora no engajamento político e na luta pela democracia suas mais importantes inquietações. Concomitantemente, o Cinema Marginal, forjado ainda na década de 60, assumiu a vanguarda cinematográfica no país, possuindo papel fundamental na conscientização política acerca da dura realidade brasileira.


analivia4092: Obrigada
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