qual a importância da bovinocultura de leite no Brasil?
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Resposta:
O Brasil é o sexto produtor mundial de leite, com 1,3 milhões de produtores de leite e produção de 27,5 bilhões de litros/ano, movimentando R$ 64 bilhões/ano e empregando 4 milhões de pessoas.
Os principais produtores são os Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, que, em 2008, foram responsáveis por 81,7% do total produzido no País.
O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionalmente obtidos, como o café beneficiado e o arroz. O agronegócio do leite e seus derivados, onde o Brasil se posiciona como o sexto produtor mundial, desempenha um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população. Para cada dólar de aumento na produção no sistema agroindustrial do leite, há acréscimo de, aproximadamente, cinco dólares no Produto Interno Bruto-PIB, o que coloca o agronegócio do leite à frente de setores importantes como o da siderurgia e o da indústria têxtil.
Entretanto, o sistema de produção de leite no país é considerado de baixa rentabilidade para o produtor rural. Apesar de o Brasil ser considerado um dos grandes produtores mundiais de leite, sua pecuária não pode ser considerada de modo geral como especializada, devido à grande heterogeneidade de sistemas de produção, onde a pecuária leiteira altamente tecnificada convive coma pecuária extrativista, com baixo nível tecnológico e baixa produtividade. Estima-se que 2,3% das propriedades leiteiras são especializadas e atuam como empresa rural eficiente. Entretanto, 90% dos produtores são considerados pequenos, com baixo volume de produção diária, baixa produtividade por animal e pouco uso de tecnologias.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a produção média das vacas no Brasil é de 1.240 litros/vaca/ano e a lotação média está em apenas uma vaca/hectare. Embora existam, no País, alguns grupos de produtores que podem ser classificados como eficientes, a maioria, ainda permanece com baixos índices de eficiência técnica, e por conseqüência, econômica. Enquanto em 2009, a produtividade média dos EUA e Canadá foi de 25,73 e 23,06 kg de leite/vaca/dia, respectivamente, no Brasil a média foi de apenas 4,88 kg de leite/vaca/dia.
Não obstante a caracterização do sistema de produção leiteira com índices deficientes e pouco explorados, a produção do país aumentou 44%, no período de 1980 a 1993, e o número de vacas e a produtividade aumentaram 18% e 20% respectivamente. Isso mostra que, apesar da produtividade do rebanho leiteiro brasileiro ser muito inferior ao seu potencial, ela vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Mas houve diminuição na quantidade de leite produzido em relação ao número total de vacas: os baixos valores persistem devido à manutenção de sistemas extrativistas, sem aplicação de conceitos científicos para a produção, associado à existência de um grande número de vacas secas (em período não produtivo), causada pela baixa eficiência reprodutiva e pela falta de persistência na lactação.
Explicação:
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