Filosofia, perguntado por helenfernandes3, 1 ano atrás

Qual a ideia de shopenhauer ?

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Respondido por samara601
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Inconsciente – Tanto a Vontade para Schopenhauer como o Inconsciente para Freud possuem características muito parecidas. Uma força que é maior que a vida consciente do homem, que funciona como um impulso cego, um esforço sem fim que se manifesta apenas de forma indireta na realidade – a Vontade através da representação e o Inconsciente através dos sonhos, atos falhos, entre outros. Esta seria a terceira ferida narcísica que Freud tomou como ideia sua, mas que Schopenhauer postulara 100 anos antes. O homem não é dono de sua própria casa, ele é mais como um cavaleiro que dirige um cavalo, mas que apenas tem as rédeas e não a força que o impulsiona.
Recalque – A ideia de recalque foi umas dos primeiros conceitos postulados por Freud, se trata de uma lembrança ou acontecimento tão doloroso que o Ego recalca esta lembrança, “apaga”, torna-a inconsciente, evitando que o indivíduo tenha contato com ela. Schopenhauer afirma a mesma coisa quando diz que a Vontade não deixaria que certos conteúdos chegassem ao intelecto, porque isso o prejudicaria. Em caso extremos, o próprio intelecto desligaria-se da realidade, levando o indivíduo à loucura.
Sexualidade – Para os dois pensadores, se faz importante notar a ênfase na questão da sexualidade. Schopenhauer é o primeiro filósofo moderno a tratar desta questão: não é o indivíduo que importa, mas sim a espécie que se propaga através da sexualidade. Freud chega a dizer que o filósofo foi o primeiro a advertir a humanidade quanto à importância deste assunto ainda tão subestimado. Se Schopenhauer desenvolveu este conceito através do caminho filosófico, Freud apenas teve que reescrevê-lo com uma roupagem científica.
Morte – A morte se torna assunto central na obra de Freud a partir de 1920 com a publicação de “Além do Princípio do Prazer“. Onde postula-se os conceitos de Pulsão de Morte/Pulsão de Vida. No primeiro momento da exposição destes conceitos, Freud chega à conclusão de que a pulsão de Morte seria um força que supera tudo e todos, buscando trazer todas as coisas para a quietude, para um lugar sem nenhuma tensão. A causa da morte do indivíduo seria sempre interna. Neste primeiro momento, a relação com Schopenhauer é quase explícita. A Vontade consome a si mesma porque ela é toda a realidade, isso levaria o indivíduo à morte. Mesmo que este lute para manter-se, ele faz parte de algo maior que o supera e o engole. A morte, seria assim, a meta final de todo ser vivo.
Pessimismo – Schopenhauer simplesmente afirma que a vida é sofrimento: um pêndulo que oscila entre tédio e sofrimento. Queremos algo, conseguimos, ficamos entediados e voltamos a sofrer por desejar outra coisa que não temos. A única escapatória definitiva é pela via ascética: matar o desejo, buscar a quietude da vida dos santos e monges, a contemplação do espetáculo do mundo. Freud não chega às mesmas conclusões mas parte do mesmo ponto. A terapia nos livraria de um grande tormento para voltarmos a conviver com o sofrimento cotidiano, o mundo é sofrimento. Freud diz: “seríamos tentados à dizer que não está contido no plano da ‘criação’, que o homem seja feliz“.
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