História, perguntado por rafinha8627, 8 meses atrás

qual a forma de trabalho predominante nas lavouras e nos serviços urbanos?​

Soluções para a tarefa

Respondido por camillylopesmagalhae
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Resposta:

No meio rural, os chamados escravos de campo ou escravos de eito enfrentavam uma dura rotina, trabalhando em jornadas que poderiam alcançar dezoito horas diárias. Não bastando, o desgaste físico provocado pelo trabalho predominantemente braçal, os escravos viviam mal instalados em senzalas, nas quais as condições de higiene eram bastante precárias. Sem contar com uma alimentação adequada. Deslocando-se até o interior das casas, seja no meio urbano ou rural, os escravos domésticos experimentavam outra rotina de trabalho. Tendo uma alimentação mais elaborada, estes escravos tinham por função, realizar a arrumação da casa, cuidar das crianças, organizar as refeições e realizar pequenos serviços designados diretamente pelo seu senhor.

Explicação:

Respondido por jefersonpimentel
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Resposta:

Este artigo examina o emprego de trabalhadores brasileiros livres em diversas atividades nas fazendas de café e na construção de ferrovias em São Paulo na segunda metade do século XIX. A historiografia sobre o tema ressalta, em geral, a ausência/marginalidade dos trabalhadores nacionais na economia agroexportadora, seja assumindo a exclusão dos trabalhadores brasileiros considerados "vadios" e "indolentes" pela sociedade contemporânea, seja privilegiando os aspectos culturais desse grupo de população que resistia em se submeter aos novos moldes de dominação e padrões de eficiência e disciplina impostos neste momento de transição para o trabalho livre. Destacando o engajamento dos trabalhadores brasileiros nas mais diversas tarefas dos dois setores e a peculiaridade do emprego nessa economia rural baseada no trabalho escravo, o texto argumenta que, na verdade, era justamente a incapacidade da agricultura de gerar emprego durante todo o ano que produzia um padrão de instabilidade e mobilidade geográfica no mercado de trabalho rural, irregularidade/instabilidade que muitos identificavam como ociosidade e justificavam o recurso a legislações repressivas.

Explicação:1. OS TRABALHADORES NACIONAIS NAS FAZENDAS DE CAFÉ

O crescimento da população livre brasileira foi contínuo ao longo do século XIX. A reprodução natural, a emancipação de escravos e a imigração contribuíram para que o número de pessoas livres fosse sempre maior que o número de escravos em quase todas as províncias do Império, desde o início do século XIX. Em São Paulo, apesar do incremento da população escrava até a década de 1880, provocado pela rápida expansão cafeeira, o número de escravos não atingia mais do que 30% da população total. De acordo com Eisenberg, até nas zonas mais produtivas do café, no Vale do Paraíba e no Oeste Velho, a população livre constituía a grande maioria.4

Os trabalhadores livres e pobres, brancos ou negros, desempenhavam as mais diversas atividades e ocupavam-se dos mais diversos ofícios urbanos e rurais. Eram agregados, camaradas, empreiteiros, pedreiros, carpinteiros, pequenos sitiantes, vendedores ambulantes, vendeiros, empregados das tropas e da construção de estradas de ferro, entre outros. Como pequenos proprietários, esses indivíduos trabalhavam muitas vezes temporariamente, ou por empreitada, nas fazendas de café da vizinhança. Politicamente dependentes dos fazendeiros, esses trabalhadores sobreviviam de favores, trocados por votos, trabalho e proteção, por exemplo. Os pequenos lavradores, além de alugarem seus serviços, estabeleciam relações de trabalho com outros indivíduos, que muitas vezes não possuíam recurso algum. Geralmente contratavam camaradas que os ajudavam em períodos de muito trabalho.

 

2. OS TRABALHADORES NACIONAIS NA CONSTRUÇÃO DAS FERROVIAS

As primeiras concessões para a construção de ferrovias foram aprovadas em 1852, logo após a extinção do tráfico internacional de escravos. Entre 1854 e 1894 foram construídos 11.260km de trilhos de ferrovias no País. Deste total, cerca de 26% (2.962km) foram construídos na província de São Paulo. (Matoon, 1977, p. 286). Nessa época, a grande expansão cafeeira em direção ao oeste gerava reclamações freqüentes sobre a "escassez de trabalhadores" e "falta de braços" para a lavoura.

A construção de uma ferrovia é uma tarefa complexa. Envolve grandes volumes de recursos financeiros, os mais diversos tipos de máquinas, engenheiros, uma quantidade relativamente grande de mão-de-obra qualificada e uma enorme quantidade de homens com nenhuma qualificação. No Brasil, assim como na maioria dos países no século dezenove, a construção de uma ferrovia baseava-se no sistema de empreitada. As companhias ferroviárias raramente empregavam diretamente os trabalhadores da construção. Eles eram engajados, supervisionados e pagos por pequenos empreiteiros locais, que contratavam com as companhias a construção de partes da linha. Por isso, os trabalhadores da construção não pertencem tecnicamente ao quadro dos empregados da empresa ferroviária e se diz que eles "merecem um tratamento diferenciado." (Licht, 1983, p. xvii). Vários estudos têm mostrado que os trabalhadores engajados na construção e manutenção do leito de ferrovias constituíam o maior número da força de trabalho, o que dependia da extensão da linha e da complexidade das obras.

A historiografia sobre a inserção, papel e lugar dos trabalhadores livres brasileiros na sociedade agroexportadora durante o período de transição da escravidão para o trabalho livre tem freqüentemente ressaltado a ausência ou marginalidade dos trabalhadores brasileiros. Essa ausência ou marginalidade é explicada, em geral, pela atitude (deliberada ou não) de exclusão por parte do governo e de proprietários ou por uma atitude dos próprios trabalhadores que teriam se recusado a trabalhar em determinadas condições, como forma de garantir sua independência na sociedade escravista.

Espero ter ajudado!!!


chegaaquirapidooo: misericordia obg
jefersonpimentel: por nada!
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