qual a finalidades dos gráficos e tabelas?
Soluções para a tarefa
Imagine
o seguinte: na sala dos professores da escola, há um cartaz com a frase
"Em 2007, eram 734 estudantes matriculados; em 2008, 753; em 2009, 777;
em 2010, 794; e, em 2011, 819".
Se você acha que
esses números não contribuem para mostrar com clareza o histórico da
instituição nem para destacar o percurso crescente de matrículas, tem
toda razão. Há uma maneira mais clara e eficiente de apresentar esses
dados: um gráfico. Observe:
Evolução do número de alunos da escola
Esse
exemplo revela claramente que para cada informação que se quer
comunicar há uma linguagem mais adequada- aí se incluem textos, gráficos
e tabelas. "Eles são usados para facilitar a leitura do conteúdo, já
que apresentam as informações de maneira mais visual", explica Cleusa
Capelossi Reis, formadora de Matemática da Secretaria Municipal de
Educação de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
Logo no
início do Ensino Fundamental, as crianças precisam aprender a ler e
interpretar esses tipos de recurso com o qual elas se deparam no dia a
dia. Além disso, esse é um conteúdo importante da Matemática que vai
acompanhá-las durante toda a escolaridade no estudo de diversas
disciplinas.
Um gráfico mais adequado para cada tipo de informação
Barras
Usado
para comparar dados quantitativos e formado por barras de mesma largura
e comprimento variável, pois dependem do montante que representam. A
barra mais longa indica a maior quantidade e, com base nela, é possível
analisar como certo dado está em relação aos demais.
Os prédios mais altos do mundo
As espécies animais ameaçadas de extinção na mata Atlântica
Setor
Útil
para agrupar ou organizar quantitativamente dados considerando um
total. A circunferência representa o todo e é dividida de acordo os
números relacionados ao tema abordado.
Evolução do desmatamento na região da Amazônia
Linhas
Apresenta
a evolução de um dado. Eixos na vertical e na horizontal indicam as
informações a que se refere e a linha traçada entre eles, ascendente,
descendente constante ou com vários altos e baixos mostra o percurso de
um fenômeno específico.
Regularidades ajudam a compreender os fenômenos
Existem
vários tipos de gráficos (como os de barras, de setor e de linha) e
tabelas (simples e de dupla entrada). O uso de cada um deles depende da
natureza das informações. É importante que os alunos sejam apresentados a
todos eles e estimulados a interpretá-los. "Aqui tem mais quantidade
porque esta torre (barra) é maior que a outra" e "a pizza está
dividida em três partes. Então são três coisas representadas" são falas
comuns e que revelam o quanto a turma já sabe a respeito.
Na
EMEB Donald Savazoni, na capital paulista, Cláudia de Oliveira pediu que
os estudantes do 3º ano pesquisassem gráficos e tabelas em diversos
portadores de texto, como os jornais, e analisou o material com eles.
Além dos diferentes visuais, ela trabalhou elementos imprescindíveis,
como o título (que indica o que está sendo representado), a fonte (que
revela a origem das informações) e, no caso dos gráficos,
especificamente, a legenda (que decodifica as cores, por exemplo). De
que assunto trata o gráfico? Quantos dados são apresentados? Como eles
aparecem? Esses são questionamentos pertinentes para fazer aos alunos.
Essas intervenções, apoiadas em exemplos, são uma forma de encaminhar a
turma a notar que há certas regularidades que permitem a interpretação
independentemente do conteúdo. Por exemplo: num gráfico de barras
verticais, é a altura que mostra a variação de quantidade e não a
largura das barras. No caso dos eixos, presentes no gráfico de barras e
no de linhas, os intervalos entre as marcações são sempre do mesmo
tamanho. Isso serve para garantir a proporcionalidade das informações
apresentadas.
Quanto às tabelas, há diversas formas de usá-las
para organizar as informações. Elas podem aparecer em ordem crescente ou
decrescente, no caso de números, ou em ordem alfabética, quando são
compostas de nomes, por exemplo.
Ao selecionar o material para
trabalhar em sala, lembre-se de atentar para a complexidade de cada um.
"Quanto mais informações reunirem, mais complicados são. Para essa faixa
etária, melhor usar material com poucos dados, dando preferência aos
números absolutos", explica Leika Watabe, assessora técnica educacional
da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.