História, perguntado por ornelasjoaopedro193, 9 meses atrás

qual a diferença entre os povos persa e os povos gregos​

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Respondido por Usuário anônimo
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Resposta:

1. Na época de Dario I (521-486 a.C.), a Pérsia era um império relativamente estável, governado pela monarquia aquemênida. O império estava dividido em cerca de 20 satrapias e, de modo geral, os governantes persas deixavam aos povos conquistados a liberdade de adorar seus próprios deuses e de encontrar seus próprios meios de chegar aos níveis desejados de tributação imperial. Apesar da relativa liberdade religiosa, os súditos persas eram considerados bandakas - escravos - do Grande Rei. 

Apenas poucos quilômetros de mar separavam a Ásia Menor das ilhas gregas do Egeu, mas as diferenças entre as culturas persa e grega eram enormes. A começar que, para os gregos, a natureza da liberdade era quase religiosa. 

2. O exército imperial persa era imenso e multinacional; seu alto comando era ocupado por parentes e elites que haviam prestado juramento ao rei. Em seu núcleo estavam infantes persas profissionais - os chamados Imortais eram os mais famosos - e vários contingentes de infantaria subsidiária leve e pesada, auxiliada por importantes forças de cavalaria, cocheiro e soldados de arremesso. No exército persa, o treinamento, o respeito rígido das fileiras e colunas e o avanço e retirada em conjunto e coordenados eram praticamente desconhecidos, ao contrário dos hoplitas gregos.

3. No caso de derrota, os monarcas persas fugiam antes de seus exércitos. Por outro lado, não há sequer uma batalha grega importante - Termópilas, Délio, Mantinéia, Leuctras - na qual os generais helênicos tenham sobrevivido à debandada de seus soldados. A catástrofe militar não trouxe represálias para o rei aquemênida em si; em contrapartida, não houve nenhum general grego em toda a história da cidade-estado - Temístocles, Miltíades, Péricles, Alcibíades, Brásidas, Lisandro, Pelópidas, Epaminondas - que não tenha sido em algum momento multado, exilado, ou destituído, ou morto junto com seus soldados. 

4. Ao contrário da realidade agrária grega, na Ásia as propriedades ultrapassavam os milhares de hectares. Para se ter uma ideia, um dos parentes de Xerxes I (486-465 a.C.) podia ter mais terras do que todos os remadores da frota persa reunidos. A maior parte das melhores terras do império estava sob controle direto de sacerdotes, e o rei persa, em tese, tinha direito a todas as terras do império, podendo confiscar qualquer propriedade ou executar seu proprietário. 

Por outro lado, nenhum cidadão grego podia ser julgado arbitrariamente sem julgamento. Sua propriedade não estava sujeita a confisco, exceto após a votação de um conselho. Na mentalidade grega, a capacidade de ter propriedade livremente - de ter direito legal a ela, melhorá-la e transmiti-la a seus descendentes - formava a base da liberdade. 

5. Ao contrário do que se verificava entre os gregos, a literatura persa - um conjunto de teatro, filosofia ou poesia longe da censura religiosa ou política - não existia. É verdade que o zoroastrianismo era uma investigação metafísica fascinante, mas sua razão de ser era religiosa e, portanto, não possibilitava a especulação ilimitada e a verdadeira liberdade de opinião. A história - a noção grega de liberdade de investigação, em que os registros e fontes do passado são continuamente sujeitos a questionamento e avaliação como parte de um esforço para fornecer uma narrativa da explicação independente do tempo - também era desconhecida dos persas.

6. A matemática e a astronomia eram avançadas no Império Aquemênida, mas no final das contas subordinadas ao escrutínio religioso e usadas para promover, em um contexto religioso, as artes da divinação e da profecia. Um humanista como Protágoras ou um ateu racionalista como Anaxágoras não poderiam ter prosperado entre os persas. Nesse império oriental, tal liberdade de pensamento só podia ocorrer se escapasse à vigilância imperial.

7. A batalha naval de Salamina, travada entre persas e gregos em setembro de 480 a.C., foi, portanto, o confronto de duas culturas inteiramente diferentes. De um lado, uma, gigantesca, rica e imperial; no campo oposto, o defensivo, outra cultura, pequena, pobre e descentralizada. A primeira tirava sua enorme força dos impostos, do poder humano e da obediência que uma cultura palaciana centralizada pode obter tão bem; a última, da espontaneidade, da inovação e da iniciativa que surgem nas comunidades pequenas, autônomas e livres de homens iguais. 

Explicação:

Não precisa copiar tudo,faça um resumo,não ficará tão grande...

espero ter ajudado : )

Respondido por millenaanimal
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Resposta:

7 diferenças entre os povos persa e os povos gregos

Na época de Dario I (521-486 a.C.), a Pérsia era um império relativamente estável, governado pela monarquia aquemênida. O império estava dividido em cerca de 20 satrapias e, de modo geral, os governantes persas deixavam aos povos conquistados a liberdade de adorar seus próprios deuses e de encontrar seus próprios meios de chegar aos níveis desejados de tributação imperial. Apesar da relativa liberdade religiosa, os súditos persas eram considerados bandakas - escravos - do Grande Rei.

Apenas poucos quilômetros de mar separavam a Ásia Menor das ilhas gregas do Egeu, mas as diferenças entre as culturas persa e grega eram enormes. A começar que, para os gregos, a natureza da liberdade era quase religiosa.

2. O exército imperial persa era imenso e multinacional; seu alto comando era ocupado por parentes e elites que haviam prestado juramento ao rei. Em seu núcleo estavam infantes persas profissionais - os chamados Imortais eram os mais famosos - e vários contingentes de infantaria subsidiária leve e pesada, auxiliada por importantes forças de cavalaria, cocheiro e soldados de arremesso. No exército persa, o treinamento, o respeito rígido das fileiras e colunas e o avanço e retirada em conjunto e coordenados eram praticamente desconhecidos, ao contrário dos hoplitas gregos.

3. No caso de derrota, os monarcas persas fugiam antes de seus exércitos. Por outro lado, não há sequer uma batalha grega importante - Termópilas, Délio, Mantinéia, Leuctras - na qual os generais helênicos tenham sobrevivido à debandada de seus soldados. A catástrofe militar não trouxe represálias para o rei aquemênida em si; em contrapartida, não houve nenhum general grego em toda a história da cidade-estado - Temístocles, Miltíades, Péricles, Alcibíades, Brásidas, Lisandro, Pelópidas, Epaminondas - que não tenha sido em algum momento multado, exilado, ou destituído, ou morto junto com seus soldados.

4. Ao contrário da realidade agrária grega, na Ásia as propriedades ultrapassavam os milhares de hectares. Para se ter uma ideia, um dos parentes de Xerxes I (486-465 a.C.) podia ter mais terras do que todos os remadores da frota persa reunidos. A maior parte das melhores terras do império estava sob controle direto de sacerdotes, e o rei persa, em tese, tinha direito a todas as terras do império, podendo confiscar qualquer propriedade ou executar seu proprietário.

Por outro lado, nenhum cidadão grego podia ser julgado arbitrariamente sem julgamento. Sua propriedade não estava sujeita a confisco, exceto após a votação de um conselho. Na mentalidade grega, a capacidade de ter propriedade livremente - de ter direito legal a ela, melhorá-la e transmiti-la a seus descendentes - formava a base da liberdade.

5. Ao contrário do que se verificava entre os gregos, a literatura persa - um conjunto de teatro, filosofia ou poesia longe da censura religiosa ou política - não existia. É verdade que o zoroastrianismo era uma investigação metafísica fascinante, mas sua razão de ser era religiosa e, portanto, não possibilitava a especulação ilimitada e a verdadeira liberdade de opinião. A história - a noção grega de liberdade de investigação, em que os registros e fontes do passado são continuamente sujeitos a questionamento e avaliação como parte de um esforço para fornecer uma narrativa da explicação independente do tempo - também era desconhecida dos persas.

6. A matemática e a astronomia eram avançadas no Império Aquemênida, mas no final das contas subordinadas ao escrutínio religioso e usadas para promover, em um contexto religioso, as artes da divinação e da profecia. Um humanista como Protágoras ou um ateu racionalista como Anaxágoras não poderiam ter prosperado entre os persas. Nesse império oriental, tal liberdade de pensamento só podia ocorrer se escapasse à vigilância imperial.

7. A batalha naval de Salamina, travada entre persas e gregos em setembro de 480 a.C., foi, portanto, o confronto de duas culturas inteiramente diferentes. De um lado, uma, gigantesca, rica e imperial; no campo oposto, o defensivo, outra cultura, pequena, pobre e descentralizada. A primeira tirava sua enorme força dos impostos, do poder humano e da obediência que uma cultura palaciana centralizada pode obter tão bem; a última, da espontaneidade, da inovação e da iniciativa que surgem nas comunidades pequenas, autônomas e livres de homens iguais.

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