qual a diferença entre o analfabetismo do seculo 19 para o seculo 21
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Em plena era da globalização e da sociedade da informação, o índice de analfabetismo continua relativamente elevado, sobretudo, em algumas partes do planeta, entre as quais o Brasil.
Entretanto, contextualizando os avanços da humanidade, desde o surgimento da escrita, o nível de letramento da população mundial evoluiu muito nos últimos 6.000 anos.
É interessante notar que a humanidade é jovem quando comparada a história geológica da terra e a outras espécies que já passaram por ela.
Os humanos só conquistaram as melhorias mais significativas no seu estilo de vida em época recente, evoluíram rapidamente em um curto espaço de tempo graças a uma de suas maiores descobertas: a escrita.
Assim, para analisar o analfabetismo no Brasil, suas repercussões e desdobramentos, antes, é necessário retroceder além da história da formação da nacionalidade brasileira.
É preciso tentar entender o contexto mais amplo da longa duração braudeliana, adentrar o momento da criação da escrita, estudar sua evolução, passear pela antiguidade e Idade Média, observar as mudanças causadas pela invenção da imprensa e a escolarização da alfabetização na sociedade.
Somente depois poderemos penetrar no universo colonial brasileiro, nas mudanças advindas com a independência do Brasil e a proclamação da República, entendendo finalmente melhor as mazelas contemporâneas em torno do analfabetismo, ainda vergonhosamente presente entre nós.
Até mesmo porque, segundo vários teóricos, ao ser alfabetizada, a criança reproduz toda a história da evolução da escrita em apenas alguns meses.
O processo de alfabetização é por isto mesmo penoso e sofrido, requerendo grande esforço ao reproduzir séculos de evolução em um espaço de tempo muito curto.