Sociologia, perguntado por carlasabrinamacio23, 11 meses atrás

Qual a diferença e semelhança da cultura indiana e japonesa?

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Respondido por Alberan2019
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Resposta:

Explicação:

Quando nos damos conta de que nem todas as filosofias orientais nem os diferentes estágios de uma filosofia oriental seguem o mesmo padrão, torna-se evidente que nem toda caracterização de um sistema se aplica aos outros. Isto não significa que os diferentes sistemas não têm pontos concordantes. Entretanto, nos exames que adiante se farão de características específicas, devemos constantemente ter em vista que as semelhanças na Filosofia oriental são acompanhadas por diferenças, de modo que a Filosofia oriental não é uma, porém muitas. Em geral, as filosofias da Índia e as filosofias da China e do Japão formam dois grupos diferentes, já que as características gerais atribuídas às filosofias indianas, sejam quais forem, em muitos casos não são aplicáveis às filosofias da China e do Japão.  

Em exame mais adiante se mostrará onde estão as semelhanças e diferenças entre estes dois grupos em geral e entre os vários sistemas filosóficos em particular. Quanto à descrição geral dos dois grupos; recorramos às opiniões de alguns estudiosos nativos ilustres.  

O Professor S. Radhakrishnan, em seu Indian Philosophy, considera a espiritualidade, o predomínio do interesse pelo subjetivo, o idealismo monístico e a intuição como características gerais do pensamento indiano. Com o termo espiritualidade ele designa uma forte motivação espiritual da filosofia indiana e um reconhecimento perspicaz da intima relação existente entre a Filosofia, a religião e a vida. Isto não quer dizer que a filosofia indiana seja dogmática ou não- intelectual. Ao contrário, é intensamente intelectual, critica e sintética. O interesse pelo subjetivo vem da síntese especulativa e não se opõe à Ciência. O idealismo monístico indiano acentua que a realidade é o eu e que o Homem deve tornar-se realidade. É místico no sentido de disciplina da natureza humana que conduz à realização do espírito. A intuição, ou antes, darsana, inclui observação perceptual, conhecimento conceptual, experiência intuicional, investigação lógica e introvisão da alma. O Professor Radhakrishnan repele enfaticamente a acusação comum contra a Filosofia indiana de que ela é pessimista, dogmática, indiferente à ética e não- progressista (18).  

Outro eminente e representativo erudito indiano, o Professor S. Dasgupta, considera a teoria do carma e do renascimento, a doutrina da emancipação (mukti), a doutrina da alma (ãtman, purusha, jìva, etc.), o pessimismo e o sãdhana "pontos fundamentais de acordo" entre as escolas indianas com a só exceção dos materialistas Chãrvãka. Sãdhana denota esforço filosófico, religioso e ético, inclusive o domínio das próprias paixões, o evitar dano à vida sob qualquer forma, a repressão de todos os desejos de prazer e a prática do método ioga de concentração (19). Dasgupta explica que no pessimismo indiano há uma "confiança otimista absoluta da pessoa em si mesma e no destino final e na meta de emancipação"  Alcançáveis e, o que é ainda mais significativo, alcançáveis.

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