Ed. Física, perguntado por guizinggg45, 9 meses atrás

Qual a diferença dos esportes primitivos em relação ao esportes atuais?

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Respondido por harunoosakura47
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Resposta:

Segundo Kunz:

A Grécia foi à sociedade mais voltada à cultura esportiva na história antiga, onde os espartanos eram belicistas e adoradores dos exercícios corporais, e os atenienses como intelectuais, interpretavam os jogos esportivos como parte da cultura, da religião, e como meio de educação (PEREIRA, 1980). Os gregos tinham no esporte e na atividade corporal, meio de formação para os jovens, iniciando aos seis anos de idade com a ginástica (MARINHO, 1980).

O esporte da antiguidade, observado desde a pré-história teve como principal manifestação os Jogos Gregos que compreendiam as Olimpíadas, os Jogos Fúnebres e os Jogos Píticos (TUBINO, 1987). Esses jogos foram os primeiros registros de uma competição organizada e marcaram a história esportiva por representarem a idéia inicial de esporte (TUBINO, 1993).

Os Jogos Olímpicos foram realizados 293 vezes em 12 séculos, de quatro em quatro anos, em Olímpia, na Élida, em homenagem a Júpiter, e deveriam elevar a Zeus, o Deus supremo (TUBINO, 1993). Segundo o autor, havia um regulamento rígido, os escravos poderiam somente assistir, enquanto as mulheres nem mesmo observar.

Cada cidade do império era representada por atletas, poetas, filósofos e dignitários (PEREIRA, 1980). Não podiam participavam escravos, bárbaros, e condenados pela justiça, onde todos os competidores deveriam se inscrever no prazo determinado, fazer um estágio no ginásio de Élida e realizar o juramento Olímpico (MARINHO, 1980).

Segundo Marinho (1980), os esportes em disputa eram, o atletismo, com as corridas, o pentatlo, os lançamentos; as lutas de pugilato e pancrácio; o hipismo juntamente com a corrida de carros, dentre outras modalidades. Não raramente as lutas terminavam em espetáculos de crueldade, a ponto de Aristóteles, respeitado filósofo grego, criticar a exagerada violência dos atletas e dizer que determinadas atitudes dos esportistas são tão maléficas quanto o sedentarismo (LYRA FILHO, 1973).

Quanto à premiação, o vencedor ganhava uma coroa de ramos no templo de Zeus, e também prêmios como escravos, isenção de impostos, pensão vitalícia, etc. (TUBINO, 1993). Após a cerimônia era oferecido um banquete a todos os presentes (MARINHO, 1980).

Nesse momento, o desporto se mostra pela primeira vez como fenômeno social, onde durante os Jogos Olímpicos ocorria uma espécie de trégua sagrada no mundo grego, proibindo qualquer tipo de guerra (PEREIRA, 1980). Pereira (1980) afirma que filósofos influentes como Platão, Sócrates e Aristóteles referiam-se ao valor do esporte em aspectos educacionais, formadores, morais, estéticos, religiosos, e que somente a força dos jogos era capaz de unificar a Grécia, mesmo que de tempos em tempos, fato a poderosa igreja não permitia.

Os últimos Jogos Olímpicos da era antiga foram realizados em 393 D. C. já deteriorados em função da dominação de Roma sobre a Grécia, onde o imperador Teodósio ordenou sua extinção na tentativa de abolir as festas pagãs (PEREIRA, 1980). Contudo, ficou alguma influência cultural grega, com o pentatlo e jogos nos moldes das Olimpíadas como os Jogos Augustos e os Jogos Capitólios (PEREIRA, 1980).

Os romanos, por priorizarem a conquista de território, davam aos eventos esportivos um caráter de espetáculo popular, com a finalidade de entorpecer a plebe com vinho e diverti-los com lutas sangrentas de gladiadores, evitando dessa forma revoltas populares, política essa conhecida como “pão e circo” (PEREIRA, 1980; TUBINO, 1993).

Segundo Pereira (1980), os exercícios físicos, eram tidos somente como práticas complementares e não base na formação física e moral dos jovens como na tradição grega. A atividade corporal ficou reduzida aos jogos, as tarefas agrícolas e militares (MARINHO, 1980). Conforme Marinho (1980), os romanos consideravam os esportes e a ginástica imoral pelo nudismo dos praticantes.

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