Português, perguntado por babybocchi2, 3 meses atrás

Qual a crítica em “A Última Crônica” de Fernando Sabino?? URGENTE!!!

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Respondido por ccloudshidalgo
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Resposta:

SABINO, Fernando. “A Última Crônica” – de Fernando Sabino.

ANÁLISE CRÍTICA: “A ÚLTIMA CRÔNICA”, DE FERNANDO SABINO

O texto do autor Fernando Sabino apresenta um narrador personagem em

primeira pessoa como foco narrativo, descrevendo a cena em que se passa o texto com

uma grandeza de detalhes que faz o leitor realmente crer que ele estava lá a

presenciando.

Está presente na obra uma mudança de foco dada-se, primeiramente, pela

problematização do autor em escrever uma crônica e, em seguida, a descrição de uma

cena corriqueira do cotidiano que traz reflexões sobre os problemas sociais e desperta

assim a atenção do autor, o fazendo meio que sem querer resolver o seu problema, já

que chega a comparar a cena pura ao seu objetivo de criar uma crônica tão pura quanto.

Sua temática social dá-se pelo fato de Sabino nos fazer refletir sobre a situação

financeira de algumas famílias, principalmente as que possuem membros negros,

fazendo alusão à pobreza dessas classes. Relatando também o fato da sociedade

valorizar imensamente o dinheiro, o relacionando à felicidade, usando como exemplo

um acontecimento (aniversário), que em casos normais seria celebrado com: uma

grande festa; vários convidados; um bolo inteiro; entre outras coisas, enquanto a

negrinha (personagem da crônica) parece dar valor apenas ao momento que seus pais

conseguiram lhe propiciar da forma como puderam devido as suas condições financeiras

e se sentir extasiada com isso.

O texto pode ser altamente explorado em sala de aula com: exercícios propostos

pelos professores sobre o gênero crônica, apresentando seus objetivos, elementos

caracterizadores e particularidades; poderá haver levantamento de debates acerca da

pobreza, diferença de classes, valorização do dinheiro, entre outras problemáticas

sociais que um sentimento de semelhança com a cena seja presenciado pelo leitor. O tema do

texto é narrar um fato cotidiano de forma literária, enfatizando a ideia principal do autor

de comparar momentos como esse a elementos da literatura, sendo dado, principalmente

por: “Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.”.

Sua função comunicativa é a de informar sobre a cena fazendo com que o leitor

veja-se inserido nela. O propósito dá-se pelo fato de fazer uma crítica relevante às

questões sócias e familiares do ser humano em determinados momentos onde não

buscamos refletir o principal valor das coisas. No caso da história o de família e não o

de dinheiro.

O autor usa de função metalinguística em alguns elementos do texto, como: “Na

realidade estou adiando o momento de escrever.”; “Lanço então um último olhar fora

de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.” A metalinguagem dá-se

pelo fato da crônica falar sobre a própria crônica e os elementos presentes nela,

principalmente, seu objetivo de descrever o cotidiano, a busca pelo inovador em

realidades distintas e os aspectos humanos na vida diária, entre outros.

Os parágrafos dividem a crônica por etapas, alimentando a intenção do autor na

história. Sendo o primeiro parágrafo para apresentar a problemática do autor. O segundo

para descrever o início da cena, ou seja, a entrada da família no estabelecimento. Os

outros servem para focar na descrição da cena, como: a cor dos personagens; sua

situação financeira; a empolgação da criança mesmo diante de um lugar onde não lhe é

comum (um botequim), etc. E o ultimo finaliza o objetivo do autor.

Os operadores de comparação de elementos presentes em frases como essa:

“Que fosse pura como esse sorriso”, servem como direções argumentativas do texto.

Explicação:

<3

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