Qual a contribuição de Sigmund Freud para o fenômeno educativo?
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Resposta:
As contribuições de Freud à educação dizem respeito primeiramente à transmissão de conhecimento através dos Inconscientes. Devemos esclarecer que o Inconsciente é o conceito fundamental da psicanálise. Com esse conceito, podemos nos conceber também como sujeitos do desconhecimento, no qual algo sempre escapa à pretensão de controle consciente, como, por exemplo, de tudo o que aprendemos.
Outra referência de Freud à educação diz respeito à importância da relação professor-aluno, o que nos leva a pensar na questão da transferência sob o aspecto de um fenômeno que não se passa apenas entre paciente e terapeuta, mas que perpassa todas as relações humanas. A psicanálise poderia transmitir ao educador uma ética, um modo de ver e de entender a prática educativa, através da ampla compreensão que traz do aluno/sujeito operante em sala de aula, assim como nas relações existentes com o outro.
Finalmente, uma terceira contribuição encontrada nos textos freudianos aponta para o papel da educação como auxiliar da sublimação sexual (já que seus argumentos afirmam que a curiosidade intelectual é derivada da curiosidade sexual). Quanto a essa última referência, devemos ter em mente que esse desvio pulsional necessário não deve ser excessivo e chegar a inibir o sujeito do desejo.
Para a autora citada anteriormente, um ensino que dê espaço a nosso potencial narrativo, sem esquecer que somos dependentes uns dos outros na construção dessas narrativas, contribui para a existência de sujeitos mais presentes e atuantes na experiência do mundo e de si próprios.
Acreditamos que esses dois campos podem funcionar como campos teóricos/práticos de autocriação do sujeito. Eles podem ser tidos como práticas poéticas que visam à autonomia humana. Isso, se, por exemplo, a Escola puder ser um espaço de encontro intersubjetivo, no qual transformações podem ser operadas em seu cotidiano. Em outras palavras, se a Escola puder se fazer de lugar de passagem até que o aluno comece, ele próprio, a se interrogar.
Afirmamos o que foi dito anteriormente, entretanto, sem desconhecer que a Escola, enquanto lugar de aplicação desses saberes é também um lugar de reprodução do instituído, na qual questões como as desigualdades entre as classes sociais tendem a se repetir. Afinal, a Escola por si só não pode transformar a sociedade da qual é apenas um elemento. Ela depende também de políticas públicas efetivas e concretas do Estado.
Finalmente, é possível concluir que, além de ser lugar de “informação” da tradição – e, nesse sentido, comprometida com as diversas formas de dominação – a Escola pode ser também lugar de “transmissão” – e, de certa maneira, espaço criativo de sujeitos singulares. (MACIEL, 2005).
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