Qual a concepção organicista de estado segundo Platão ?
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A teoria organicista de estado é uma posição filosófica na qual o Estado é considerado como um organismo vivo que transcende os indivíduos e onde cada um tem uma função a cumprir para que a vida do todo seja possível.
Platão em sua famosa obra, A República, explica em uma analogia entre as partes da alma e as do Estado.
Para Platão, a justiça é expressa quando cada parte da comunidade cumpre com o que lhe corresponde, para garantir a harmonia do todo "sem interferir no que pertence aos outros".
A concepção platônica retirada da República tenta observar a pólis não de forma individual, mas separando-a em grupos de pessoas que mantém a pólis funcionando.
Desse modo, Platão divide a sociedade em três tipos de alma: as de bronze, prata e ouro. As pessoas que têm alma de bronze são voltadas para o trabalho braçal, enquanto as de prata são aquelas que têm a capacidade (força) e inclinação da alma para serem guardiãs. E as almas de ouro são aquelas almas que têm a capacidade intelectual, aquelas que são os filósofos.
Para ele, somente quem tem alma de ouro, o filósofo, tem a capacidade de governar a pólis, pois ele chegou até a ideia de Bem e conhece a forma da Justiça.
A partir daqui podemos observar uma concepção organicista dentro da República do Platão ao dizermos que a pólis só funciona da forma como deveria se cada um dos cidadãos agir conforme o seu tipo de alma.