Qual a composição da população das Índias ocidentais de São Domingos?
Soluções para a tarefa
Respondido por
9
Embora as afirmações de Dessalines fossem, na prática, desmentidas por suas próprias atitudes ao se tornar imperador, e, ao longo dos séculos XIX e XX, pela situação de dependência e opressão em que se viu mergulhado o Haiti republicano, de qualquer maneira o movimento anticolonialista, sustentado pela população negra e mulata contra os exércitos franceses, significou a vitória de um povo sobre a escravista e a exploração colonialista.
"As terras de São Domingos devem pertencer aos negros, eles a conquistaram com o suor do seu rosto." (Sonthonax, comissário francês. MORALES PADRÓN, F., op. cit., tomo VI, p. 23.)
Entretanto, esse processo de libertação social e política não se deu de uma hora para outra: foi o resultado das freqüentes revoltas de escravos, sobretudo a partir de 1791, quando ocorreu uma insurreição contra os brancos liderada pelo mulato Vincent Ogé e que serviu de estopim a várias rebeliões negras e levantes de mulatos. "A rebelião de agosto de 1791 [lidcrada por Boukman] chegou a todos os confins da grande planície do norte. Empregavam-se o incêndio, a matança e a tortura para destruir os brancos, sem distinção de homens, mulheres e crianças (... ) A revolução se estendeu com rapidez vertiginosa a grande número de plantações onde residiam fortes núcleos de escravos." (PATTEE, R. Jean - Jacques Dessalines, Fundador do Haiti, Molina y Cia., p. 10.)
É importante ressaltar que estas lutas, muitas vezes desorganizadas, não possuíam ainda o objetivo expresso de libertar a colônia da metrópole. Mas nem por isso foram menos políticas: muitas delas guardavam um sentido revolucionário para a época, uma vez que se voltaram contra a escravidão como sistema econômico e social. No entanto, a minoria branca da ilha, que mantinha a escravidão negra - sustentáculo da prosperidade da economia açucareira - identificava-se de tal maneira com a metrópole que as lutas das classes oprimidas (uma minoria de mulatos livres e centenas de milhares de escravos negros) em breve passaram também a apresentar uma componente de revolta contra a dominação colonial francesa. "A elite branca acolheu com alegria a Revolução Francesa, que lhe dava uma oportunidade de subtrair-se ao controle de Paris, mas foi incapaz de conter a sua revolução interna, que passou primeiramente às mãos dos mulatos c por fim às dos pretos." (DOZER, D.M., op, cit., p. 191.)
"As terras de São Domingos devem pertencer aos negros, eles a conquistaram com o suor do seu rosto." (Sonthonax, comissário francês. MORALES PADRÓN, F., op. cit., tomo VI, p. 23.)
Entretanto, esse processo de libertação social e política não se deu de uma hora para outra: foi o resultado das freqüentes revoltas de escravos, sobretudo a partir de 1791, quando ocorreu uma insurreição contra os brancos liderada pelo mulato Vincent Ogé e que serviu de estopim a várias rebeliões negras e levantes de mulatos. "A rebelião de agosto de 1791 [lidcrada por Boukman] chegou a todos os confins da grande planície do norte. Empregavam-se o incêndio, a matança e a tortura para destruir os brancos, sem distinção de homens, mulheres e crianças (... ) A revolução se estendeu com rapidez vertiginosa a grande número de plantações onde residiam fortes núcleos de escravos." (PATTEE, R. Jean - Jacques Dessalines, Fundador do Haiti, Molina y Cia., p. 10.)
É importante ressaltar que estas lutas, muitas vezes desorganizadas, não possuíam ainda o objetivo expresso de libertar a colônia da metrópole. Mas nem por isso foram menos políticas: muitas delas guardavam um sentido revolucionário para a época, uma vez que se voltaram contra a escravidão como sistema econômico e social. No entanto, a minoria branca da ilha, que mantinha a escravidão negra - sustentáculo da prosperidade da economia açucareira - identificava-se de tal maneira com a metrópole que as lutas das classes oprimidas (uma minoria de mulatos livres e centenas de milhares de escravos negros) em breve passaram também a apresentar uma componente de revolta contra a dominação colonial francesa. "A elite branca acolheu com alegria a Revolução Francesa, que lhe dava uma oportunidade de subtrair-se ao controle de Paris, mas foi incapaz de conter a sua revolução interna, que passou primeiramente às mãos dos mulatos c por fim às dos pretos." (DOZER, D.M., op, cit., p. 191.)
Perguntas interessantes