Qual a característica da desaceleração
e chegada da corrida se 100 metros
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Explicação:
Nas competições de atletismo na modalidade de corridas de velocidade, a tradicional e clássica prova de 100m rasos vêm a caracterizar-se como uma atividade na qual o atleta virá realizar esforços de intensidade e freqüência máximos. O atleta vencedor nesta prova pode ser considerado como o “mais veloz” ou que possui a maior velocidade. Em uma abordagem clássica e tradicional, autores como Letzelter (1981), Schmolinski (1982) e Silva (1987) costumam decompor as corridas de velocidade, em especial a corrida de 100m rasos, em 4 fases, assim denominadas: fase de reação, fase de aceleração, fase de velocidade máxima e fase de desaceleração.
Em competições atléticas para categorias mirins, tem-se proposto pelas federações de atletismo nas corridas de velocidade a distância de 50 ou 60m, ao invés dos tradicionais 100m realizados pelas categorias adultas. Tais distâncias com percurso reduzido tem por finalidade manter as características destas provas, descritas no parágrafo anterior.
A corrida de 100m rasos tem como característica a manifestação da velocidade na sua forma máxima em grande parte da prova, exigindo esforços máximos do atleta. Para corredores adultos e treinados, a realização desta corrida não exigirá grandes capacidades de resistência de velocidade. No entanto, quando realizada por crianças, esta mesma prova atlética possivelmente tornar-se-á de mais difícil execução e exigirá uma demanda superior à dos adultos, devido às limitações neuromusculares presentes nas crianças (TOURINHO FILHO, 1998).
Em função da distância a ser percorrida nos 100m rasos, as crianças necessitarão requisitar possivelmente, além de velocidade máxima, grande capacidade de resistência de velocidade, que se caracteriza por manter, em um determinado período de tempo, a máxima velocidade alcançada na prova. A resistência de velocidade é dependente da capacidade e potência anaeróbica dos corredores (VITTORI, 1996), que está ainda em desenvolvimento em crianças (TOURINHO FILHO, 1998). Desta forma, devido ao elevado nível de esforço a ser desempenhado para tentar adquirir e manter a máxima velocidade, característica fundamental destas provas, estes indivíduos possivelmente obterão perdas de velocidade precocemente em comparação à adultos na mesma prova.
Para corredores adultos tem-se relatado que a capacidade de aceleração pode estender-se até os 60-70% de uma corrida de 100m rasos, vindo a sofrer perdas de velocidade somente nos últimos trechos da prova. De acordo com avaliações realizadas (DICK, 1989), a maior velocidade possível de um corredor adulto após uma saída parada pode ser conseguida entre 40 e 70 metros, ao que chamamos de velocidade pura, para em seguida começar a diminuir, mais ou menos, dependendo das qualidades de resistência do corredor.
Tais características da capacidade de aceleração, manutenção e resistência de velocidade, no entanto, não estão claramente evidenciados em corredores mirins. De acordo com as citações anteriores, em funções das limitações neuro-musculares e bioquímicas, a realização de 100m por estes indivíduos poderá não apresentar as mesmas características que costuma-se descrever em adultos , vindo a descaracterizar uma prova de velocidade.
Com base nisso, o objetivo deste estudo foi verificar o comportamento da curva de velocidade, analisando tempo de aceleração, manutenção de velocidade e desaceleração, em corredores mirins ao realizarem uma prova de 100 m rasos, comparando tais valores encontrados com dados encontrados para atletas adultos