qual a atuação do fascismo no âmbito da educação formal
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Resposta:
Fascismo é uma vertente da direita, mas nem toda direita é fascista”. Assim o historiador Demian Melo, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), começou sua fala no debate ‘Fascismo ontem e hoje: sinais e formas de enfrentamento’, promovido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) no dia 28 de junho. O evento contou ainda com a participação da professora Virgínia Fontes, da EPSJV/Fiocruz.
Para Demian, a tendência de uma parte da esquerda hoje, de caracterizar qualquer manifestação conservadora ou violenta como fascismo, é um erro e presta um desserviço ao enfrentamento desse movimento. Para que se saiba identificar quando estamos diante de uma ameaça fascista, é necessário ser preciso e buscar na experiência histórica do fascismo que se deu no início do século 20 as características que permitem algum grau de comparação, ressaltou o historiador.
A primeira especificidade desse movimento, segundo Demian, é o fato de ter se configurado como uma “direita de massas”, com perfil mobilizador. Isso porque, até a emergência do fascismo, disse, a direita tinha “ojeriza” à mobilização popular. O fascismo foi também um movimento contrarrevolucionário, que, historicamente, nasce num contexto em que se viam explosões revolucionárias em vários países europeus, na esteira da Revolução Russa. Era um momento, disse, em que a esquerda crescia no continente, tanto nas organizações de base quanto eleitoralmente. “O crescimento do movimento comunista na Itália era concreto, não era paranoia da direita”, exemplificou. O fascismo, portanto, veio como reação. Outra característica importante de ser observada na experiência histórica, de acordo com o palestrante, é a organização de “bandos de assaltos”, grupos que agiam de forma extralegal desmontando piquetes, atacando e até assassinando lideranças de movimentos sociais.
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