Quais são os três graus da dúvida apresentados por Descartes explique de forma breve em que consiste cada grau da dúvida
Soluções para a tarefa
Os três graus da dúvida apresentados por Descartes são: o sensível, o argumento dos sentidos, a imaginação, o argumento do sonho e as verdades matemáticas, o argumento do deus enganador e do gênio maligno.
Descartes (1596-1650) percebeu que os nossos sentidos e o nosso raciocínio nos enganam muitas vezes, assim, quis fortalecer a Razão como uma ferramenta confiável para o conhecimento e interferência na realidade. O método escolhido, foi a dúvida metódica: todas as coisas serão postas em dúvida.
A primeira razão de duvidar do nosso conhecimento, segundo Descartes, será argumentada pelo aspecto fraudulento dos dados dos sentidos, não serão portanto admitidos os sentidos como fonte de conhecimento, assim, qualquer experiência empírica é descartada.
A segunda razão de duvidar do nosso conhecimento com uma reflexão elaborada acerca dos nossos sonhos. Neste movimento a substância pensante solidifica sua crença na representação e abandona qualquer possibilidade do corpo auxiliar na constituição do conhecimento.
Descartes conclui que as representações provém de uma junção de algo semelhante a uma coisa que deve ser verdadeira e real. Neste sentido, ele considerará a existência de uma verdade através das coisas simples e universais e estenderá esta conclusão a matemática. Uma vez que toda a ciência matemática foi construída a partir destas coisas simples e universais, sem auxílio da experiência, sua precisão é indubitável
A terceira e última razão de duvidar do nosso conhecimento virá através da admissão de um deus-enganador. Descartes admite a existência de Deus, à medida que considera a capacidade que possui de errar e cometer equívocos refere-se a uma imperfeição sua derivada de uma possível perfeição.
Uma vez sendo uma substância imperfeita, existiria um Deus que é perfeito cuja tarefa é justamente não se enganar o que faz com que existam verdades indubitáveis provadas anteriormente pela dúvida universalizada. Desse modo, um Deus enganador seria desmascarado, pois sua própria imperfeição poderia levá-lo a cometer muitos erros ou até mesmo poderia levá-lo a enganar-se sempre.
Descartes recorre a um artifício psicológico como um recurso a mais para seu processo de duvidar metodicamente, ele admite a possibilidade da existência de um gênio - maligno que se dedica a enganá-lo constantemente, resultando na conversão entre as razões de duvidar de todas as coisas, em crenças na falsidade de todas as coisas.
Bons estudos!