quais sao os tipos de doenças trazidas pelo homem branco aos indios
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Durante a chamada “Marcha para o Oeste”, que buscava integrar a região com o restante do Brasil em meados do Século 20, diversas tribos indígenas entraram em contato com os homens brancos, e também com suas doenças, como vai mostrar a microssérie 'Xingu', que a Rede Globo exibe a partir de 25 de dezembro. Nos anos 1960, metade da população Ikpeng (etnia também conhecida como Txikão) morreu em um surto de gripe, em uma região vizinha ao que hoje é o Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Como uma simples gripe, que não chega a ser uma doença grave para as populações urbanas, pode ser fatal para tribos indígenas?
A explicação está no sistema imunológico, responsável por regular o organismo de cada pessoa, assim como outros sistemas do corpo humano – como o respiratório e o cardíaco, por exemplo. “O sistema imunológico é um conjunto de células e moléculas que regula as interações do nosso organismo com o ambiente externo e do organismo com o nosso próprio ambiente interno. Esse sistema é composto de células, principalmente, os glóbulos brancos”, explica Alda Maria da Cruz, pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do Instituto Oswaldo Cruz.
Dentre os glóbulos brancos, os monócitos – também chamados de macrófagos – são os responsáveis por reconhecer antígenos, como as partículas estranhas ao organismo, como vírus, e outros parasitas em geral.
Uma particularidade do vírus é que ele se reproduz dentro da própria célula que parasita. “Ele entra na célula e a infecta, se incorporando pelo núcleo. À medida que a célula se multiplica, o vírus vai junto”, descreve Alda. "Uma vez no organismo, os vírus são apresentados para o sistema imune, que são os linfócitos T – responsáveis pela resposta imune celular – e os linfócitos B – que produzem os anticorpos”, explica.
A maioria das pessoas já nasce com pequenas quantidades de diversos tipos de linfócitos, cada qual capaz de reconhecer o seu respectivo antígeno. Quando os linfócitos entram em contato com os antígenos do mesmo tipo, eles são ativados e se multiplicam, ou seja, aumentam de número. Após a pessoa adquirir imunidade ao vírus, no próximo contato dos linfócitos com os antígenos, eles são ativados e liberam a substância que colabora para a destruição dos antígenos, ou seja, dos vírus. “É o mesmo mecanismo da vacina”, ressalta Alda.
Mas atenção: os vírus têm muitas mutações. O vírus da gripe, por exemplo, nunca é igual em todas as vezes que a pessoa é contaminada por ele. No entanto, por se tratarem de antígenos semelhantes, os linfócitos ainda assim serão ativados para combater a doença, se não totalmente, parcialmente, e ela não será tão grave. “Para alguns tipos de infecção, a imunidade dura a vida toda, para outros não”, observa.
No entanto, existem determinantes genéticos que deixam algumas pessoas mais suscetíveis a determinadas doenças. “Esse pode ser o caso dos índios”, diz Alda. “Se eles nunca entraram em contato com a gripe anteriormente, poderiam até ter os linfócitos desse tipo, mas em uma quantidade muito pequena para ser ativada, tornando difícil combater a infecção”, explica.
A explicação está no sistema imunológico, responsável por regular o organismo de cada pessoa, assim como outros sistemas do corpo humano – como o respiratório e o cardíaco, por exemplo. “O sistema imunológico é um conjunto de células e moléculas que regula as interações do nosso organismo com o ambiente externo e do organismo com o nosso próprio ambiente interno. Esse sistema é composto de células, principalmente, os glóbulos brancos”, explica Alda Maria da Cruz, pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do Instituto Oswaldo Cruz.
Dentre os glóbulos brancos, os monócitos – também chamados de macrófagos – são os responsáveis por reconhecer antígenos, como as partículas estranhas ao organismo, como vírus, e outros parasitas em geral.
Uma particularidade do vírus é que ele se reproduz dentro da própria célula que parasita. “Ele entra na célula e a infecta, se incorporando pelo núcleo. À medida que a célula se multiplica, o vírus vai junto”, descreve Alda. "Uma vez no organismo, os vírus são apresentados para o sistema imune, que são os linfócitos T – responsáveis pela resposta imune celular – e os linfócitos B – que produzem os anticorpos”, explica.
A maioria das pessoas já nasce com pequenas quantidades de diversos tipos de linfócitos, cada qual capaz de reconhecer o seu respectivo antígeno. Quando os linfócitos entram em contato com os antígenos do mesmo tipo, eles são ativados e se multiplicam, ou seja, aumentam de número. Após a pessoa adquirir imunidade ao vírus, no próximo contato dos linfócitos com os antígenos, eles são ativados e liberam a substância que colabora para a destruição dos antígenos, ou seja, dos vírus. “É o mesmo mecanismo da vacina”, ressalta Alda.
Mas atenção: os vírus têm muitas mutações. O vírus da gripe, por exemplo, nunca é igual em todas as vezes que a pessoa é contaminada por ele. No entanto, por se tratarem de antígenos semelhantes, os linfócitos ainda assim serão ativados para combater a doença, se não totalmente, parcialmente, e ela não será tão grave. “Para alguns tipos de infecção, a imunidade dura a vida toda, para outros não”, observa.
No entanto, existem determinantes genéticos que deixam algumas pessoas mais suscetíveis a determinadas doenças. “Esse pode ser o caso dos índios”, diz Alda. “Se eles nunca entraram em contato com a gripe anteriormente, poderiam até ter os linfócitos desse tipo, mas em uma quantidade muito pequena para ser ativada, tornando difícil combater a infecção”, explica.
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