Quais são os sentimentos expressos pelo eu lírico justifique com versos do poema "Olhos verdes"
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Resposta:
Neste poema, Olhos Verdes- Gonçalves Dias trata dos sentimentos desencadeados no eu lírico ao contemplar os olhos verdes de uma mulher: A lírica amorosa de Gonçalves Dias caracteriza-se por sentimentalismo e por uma concepção eminentemente trágica do amor (amar é chorar, sofrer e morrer). A aproximação de amor e morte , é uma constante na poesia, desde os gregos.
.Como se lê num espelho
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
RESPOSTA:
Neste poema, Olhos Verdes- Gonçalves Dias trata dos sentimentos desencadeados no eu lírico ao contemplar os olhos verdes de uma mulher: A lírica amorosa de Gonçalves Dias caracteriza-se por sentimentalismo e por uma concepção eminentemente trágica do amor (amar é chorar, sofrer e morrer). A aproximação de amor e morte , é uma constante na poesia, desde os gregos.
.Como se lê num espelho
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
A crítica de inspiração biográfica e psicológica interpreta essa concepção do amor como conseqüência da vida amorosa infeliz de seu autor:
Eram verdes sem esp’rança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que, ai de mi!
Não pertenço mais à vida
Em Olhos Verdes aparecem tem as comuns do Romantismo: pessimismo, insatisfação e individualismo, temperada, porém, pelo gosto da norma universalizante e pela dignidade clássica.
Poemas - Olhos verdes (Gonçalves Dias)
Eles verdes são:
E têm por usança
Na cor esperança
E nas obras não.
Camões, Rimas.
São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança
Uns olhos por que morri;
Que, ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
Têm luz mais branda e mais forte.
Diz uma - vida, outra - morte;
Uma - loucura, outra - amor.
Mas, ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz do coração;
Mas, ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
São uns olhos verdes, verdes,
Que pode também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do padro,
Mas verdes da cor do mar.
Mas, ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Como se lê num espelho
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas, ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Dizei vós, ó meus amigos
Se vos perguntam por mi,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos da cor da esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que, ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos da cor do mar;
Eram verdes sem esp’rança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que, ai de mi!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!