Quais são os principais interesses de países e empresas em relação ao Ártico?
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Resposta:
O impacto do incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz oocorrido em fevereiro de 2012 vai além do científico: é político, também. Sempre defendi a tese de que a opinião pública fosse esclarecida sobre as atividades brasileiras no Continente Antártico, que são de extrema importância. Seria uma forma de isso repercutir no orçamento destinado às atividades de pesquisa no País (A situação do PROANTAR é crítica). Estive na Antártida em duas oportunidades: em 1986, na primeira troca de comando da base e em 1996. Posso afirmar com certeza, sem medo de errar, que o trabalho realizado pela Marinha Brasileira é fundamental para as operações naquele continente. Desde aquela época, fala-se em corte de verbas para as pesquisas e infra-estrutura. (Artigo de Diniz Júnior)
continente antártico, imagem do navio polar brasileiro Ary Rongel
Ary Rongel, um dos navios polares da Marinha do Brasil
Continente antártico e o futuro do PROANTAR
Os pesquisadores temem pelo futuro do Programa Antártico Brasileiro ( Proantar) e alertam que não está garantido no Orçamento federal deste ano o R$ 1,86 milhão da parte científica do Proantar. Os valores estão congelados desde 2014. Outra queixa dos cientistas é a demora na abertura de um novo edital para projetos antárticos. Eles reivindicam, desde 2015, R$ 20 milhões, por três anos, para selecionar projetos capazes de manter o patamar da pesquisa nacional na Antártida.
Continente antártico: falta prioridade por parte do governo
O incêndio na base brasileira foi uma fatalidade, cujas consequências seriam menores se o País desse prioridade à Antártida. Hoje 30 países têm base cientificas na Antártida, onde é proibida pelo Tratado Antártico qualquer pretensão militar. Mas há quem reivindique que esse acordo que vigora desde 1961 seja revisto. Porém por que tanta atração por um território onde a temperatura chega a 89 graus negativos, e os ventos chegama 300 km por hora?
É nacessário investir na Antártica?
A questão é saber se é necessário fazer grande investimento na Antártida na construção de uma base mais moderna. Acredito que seja. A Antártida é estratégica. Não do ponto de vista militar, mas sim pelas riquezas existentes no continente. Existem reservas minerais importantes. As rotas transpolares é outro tema interessante. O continente é um ponto de encontro dos oceanos Atlântico Sul, do Índico e do Pacífico. Ou seja, existem possibilidades de serem criadas rotas comerciais importantes, mas é necessário garantir o tráfego de navios. Estando na Antártida, torna-se tudo mais fácil para garantir a participação nesse comércio. A pesquisa parou de receber recursos desde 2006, foi reduzindo a cada ano. A Antártida é tão estratégica para o Brasil quanto a preservação da Amazônia ou do Atlântico Sul.
Skua: predador antártico
Continente antártico, minérios e riquezas naturais
O continente que tem o tamanho da Europa. É uma região cada vez mais cobiçada por diversos países. Água potável, minérios como carvão, cobre, urânio e talvez petróleo, fazem parte da riqueza desse gélido Continente. Diversos países consideram que a Antártida possa ser no futuro fonte de conflitos. Por exemplo: dentro do governo argentino, existe um debate sobre a necessidade de haver lá presença ostensiva quando acabar a vigência do tratado antártico em 2041.A Argentina considera que uma parte da Antártida faz parte de seu território.
Chile ou Argentina, donos da Antártica?
O Chile considera chileno o lado oriental da Antártida, que a Argentina disse que é própria, e que os chilenos chamam de território chileno antártico. Chilenos e argentinos reivindicam a posse dessa área argumentando que, além de suas bases, a população que mora na região herdou a área dos colonizadores espanhóis. Segundo afirmam, o Continente antártico foi descoberto muito antes da expedição do norueguês Amundsen, em 1911, pelo navegante Gabriel de Castilla que chegou na região em 1603 partindo do porto chileno de Val Paraíso. Visitei uma estação chilena na Antártida, quando conheci dezenas de famílias que moram no Continente há anos, formando comunidades para garantir uma parte no território gelado.
Sete países reivindicam soberania na Antártica
Atualmente sete países reivindicam soberania na Antártida: Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Nova Zelândia e Grã Bretanha. Essas reivindicações não são reconhecidas pela ONU, embora sejam mencionadas no Tratado. Não é em vão que o Reino Unido está nas Malvinas, próximo ao continente gelado. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra das Malvinas pela posse do território. Apesar da vitória militar britânica no conflito, o governo argentino mantém a reivindicação de soberania até hoje.
A base Comandante Ferraz que derreteu no incêndio de 2012
Explicação:
Espero ter ajudado
Resposta:
Atualmente está ocorrendo uma luta de influências no Ártico, que terá um enorme significado econômico e geopolítico nos próximos anos. O Ártico está situado numa das áreas mais estratégicas do planeta, na convergência da América, Europa e Ásia.
Além disso, o Ártico não é um continente, como a Antártida, mas um oceano coberto de gelo. Como se sabe, o aquecimento global está provocando o degelo desta região, abrindo brechas que poderão se transformar em vias de navegação marítima, pelo menos durante uma parte do ano.
Essa evolução climática facilitaria as comunicações entre o Ocidente e a China e o Japão em geral, na medida em que os navios poderiam seguir uma rota similar à dos aviões que atualmente sobrevoam a calota polar para ir dos Estados Unidos ou da Europa ao Extremo-Oriente.
Tais perspectivas mudam completamente os parâmetros da navegação mundial definidos depois que Colombo descobriu a América, e alteram a geopolítica mundial.
O Ártico tem importantes jazidas de petróleo, gás natural, zinco, ouro e diamantes, e algumas regiões de floresta explorável para extração de madeira, que estão atraindo a disputa de empresas e países.
Explicação:
Fonte: Luiz Felipe de Alencastro. Países lutam pelo Ártico, que terá enorme significado econômico e geopolítico nos próximos anos.