Geografia, perguntado por ninidws, 4 meses atrás

Quais são os principais grupos do Congo?​

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Respondido por carlosdanielte46
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Resposta:

Explicação:

A República Democrática do Congo, denominada, entre 1971 e 1997, República do Zaire, e por vezes designada como RDC, RD Congo, Congo, Congo-Quinxassa ou Congo-Kinshasa[5] para diferenciá-la da vizinha República do Congo (que também é chamada Congo-Brazavile ou Congo-Brazzaville) é um país da África Central.

Após a separação do Sudão do Sul, em 2011, passou a ser o segundo maior país da África em área - superado apenas pela Argélia. Faz fronteira a norte com a República Centro-Africana e com o Sudão do Sul, a leste com Uganda, Ruanda, Burundi e a Tanzânia, a leste e a sul com a Zâmbia, a sul com Angola e a oeste com o Oceano Atlântico, com o enclave de Cabinda e com o Congo.[1] A capital e maior cidade é Quinxassa.[6]

Com estimativas populacionais entre 82 e 86 milhões de habitantes para 2017,[7] a República Democrática do Congo é o quarto país mais populoso do continente africano, atrás apenas da Nigéria, da Etiópia e do Egito, e o décimo sexto do mundo. É também a mais populosa nação francófona do globo (que possuí a língua francesa como língua oficial), à frente da França. A população quinxassa-congolesa é composta, em sua maioria absoluta, por cerca de duzentos grupos étnicos, em especial da família banta (81% da população), sendo a etnia congolesa a mais comum (aproximadamente 1/3 dos quinxassa-congoleses, em 2011).[8] Minorias étnicas importantes incluem mangbetu-azandes, mongos e lubas.

Tornou-se independente da Bélgica em 30 de junho de 1960,[9] e é, desde então, considerado um dos mais pobres países do mundo, tendo um dos menores valores de PIB nominal per capita, em 2013 em penúltimo lugar, à frente apenas do Burundi.[10][11] Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) também está entre os mais baixos do mundo, no valor de 0,435 em 2015, o 176° entre 188° países avaliados no período.

No entanto, a República Democrática do Congo, de clima tipicamente equatorial e tropical, é considerado um dos países mais ricos do mundo em recursos naturais, sendo por vezes apontado como o segundo mais biodiversificado do mundo, atrás apenas do Brasil.[12][13][14][15][16]

Etimologia

Anteriormente, a República Democrática do Congo já foi chamada, em ordem cronológica: Estado Livre do Congo, Congo Belga, República do Congo (Léopoldville), República Democrática do Congo e República do Zaire. A partir de 1997, recuperou a denominação República Democrática do Congo, que permanece desde então.

O país foi oficialmente conhecido como a "República Democrática do Congo" entre 1965 e 1971, quando teve o nome alterado para República do Zaire.[17] Em 1992, a Conferência Nacional Soberana votou pela recuperação do nome anterior, República Democrática do Congo, mas a alteração não levada a efeito.[18] O nome do país foi restaurado em 1997, pelo presidente Laurent-Désiré Kabila (1997-2001), após o fim da longa ditadura de Mobutu Sese Seko (1965-1997).[19]

História

Ver artigo principal: História da República Democrática do Congo

Antiguidade e Colonização belga

A região foi ocupada na antiguidade por bantos da África Oriental e povos do rio Nilo, que ali fundaram os reinos de Luba, Lunda e do Congo,[20] entre outros. Em 1878, o explorador Henry Stanley fundou entrepostos comerciais no rio Congo, sob ordem do rei belga Leopoldo II. Na Conferência de Berlim, em 1885, que dividiu a África entre as potências europeias, Leopoldo II recebeu o território como possessão pessoal, chamando-o Estado Livre do Congo.[21] Em 1908, o Estado Livre do Congo deixou de ser propriedade da Coroa,[22] depois da brutalidade deste tipo de colonização ter sido exposta na imprensa ocidental e tornou-se colônia da Bélgica, chamada Congo Belga.

Independência

Ver artigos principais: Crise do Congo e Insurgência em Catanga

Patrice Lumumba recebe voto de confiança dos representantes eleitos presentes em cerimônia na Assembleia Nacional em 24 de junho de 1960, marcando a formação do primeiro governo do Congo independente.

O nacionalismo quinxassa-congolês iniciou-se pelos povos congos em 1950 com fundação da "Associação dos Bacongos para a Unificação, a Conservação e o Desenvolvimento da Língua Congo" (Abako).[23] Inicialmente como movimento cultural dos congos, o nacionalismo africano do pós-Segunda Guerra a influenciou a lançar um manifesto de ruptura radical baseada no federalismo no ano de 1956 em resposta ao então movimento dominante integracionista com a metrópole belga, vinculado ao manifesto La Conscience Africaine.[23] Nas eleições distritais quinxassa-congolesas de 1957 a Abako vence na maior cidade da colónia, Léopoldville (Quinxassa), demonstrando a força do nacionalismo nascente.[23]

O Movimento Nacional Congolês (MNC), organização de frente única nacionalista, teve início em 1958 sob liderança inicial de Patrice Lumumba, Cyrille Adoula e Joseph Iléo.[23] Sua ação se baseava em mobilização sindical, motins (o maior deles em janeiro de 1959) e protestos pela independência nacional, exercendo forte pressão sobre a Bélgica.[23] Foi o primeiro movimento político amplo e de relevo que superou os regionalismos e as questões étnicas da então colónia.[23] Porém, um ano antes da independência nacional o próprio MNC sofre uma cisão (motivada por disputas ideológicas entre a ala nacionalista radical lumumbista e a ala federalista) com a maioria do partido continuando sob comando de Lumumba, chamado informalmente de MNC-Lumumba (ou MNC-L), enquanto que uma fração menor é formada sob comando de Albert Kalonji, o MNC-Kalonji (ou MNC-K).[23]

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