Quais são os principais desafios para o desenvolvimento que a América Latina e a África enfrentam?
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WASHINGTON, 5 de Outubro de 2015— Os países da África Subsariana continuam a crescer, se bem que a um ritmo mais lento, fruto de um clima económico mais desfavorável. O crescimento registará um abrandamento em 2015 para 3,7% face a 4,6% em 2014, atingindo a taxa de crescimento mais baixa desde 2009, segundo as novas projecções do Banco Mundial.
Estes últimos números estão descritos na última edição da publicação do Banco Mundial Africa’s Pulse, (O Pulso de África), uma análise semestral das tendências económicas e dos últimos dados sobre o continente. A previsão para 2015 permanece abaixo da robusta taxa de crescimento do PIB de 6,5% que a Região sustentou entre 2003 e 2008 e situa-se abaixo dos 4,5% na sequência da crise financeira global de 2009-2014. Projecta-se que, globalmente, o crescimento na região acelere para os 4,4% em 2016 e suba para 4,8% em 2017.
As fortes quedas do preço do petróleo e de outras matérias-primas provocaram este recente crescimento anémico. Outros factores externos, como o abrandamento económico da China e condições financeiras globalmente mais restritivas, pesaram no desempenho económico de África, segundo o Africa’s Pulse. A somar a estes factores, os estrangulamentos no fornecimento de electricidade em muitos países africanos prejudicaram o crescimento económico em 2015.
“O fim do super-ciclo das matérias-primas cria uma oportunidade para os países africanos dinamizarem os seus esforços de reforma e assim transformarem as suas economias e diversificarem as fontes de crescimento. A adopção das políticas certas destinadas a fomentar a produtividade agrícola e a reduzir os custos de electricidade, expandindo simultaneamente o acesso, irá aumentar a competitividade e apoiar o crescimento da indústria ligeira” afirma Makhtar Diop, Vice-Presidente para África do Banco Mundial.
De acordo com o Africa’s Pulse, vários países continuam a registar um crescimento robusto. Prevê-se que a Costa do Marfim, Etiópia, Moçambique, Ruanda e Tanzânia observem um crescimento sustentado em torno de 7% ou mais ao ano em 2015-17, estimulado pelos investimentos na energia e transportes, despesas de consumo e investimentos no sector dos recursos naturais.