Quais são os pontos positivos da Unidade Escolar
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CONCLUSÕES:
Desde o início da década de 1980, o tema da gestão da escola e sua autonomia vêm ganhando ênfase merecida nos debates políticos e pedagógicos sobre a escola pública. No quadro da luta pela construção de uma sociedade democrática, uma das grandes vitórias das escolas no campo político-educativo foi a conquista da liberdade de ação e de decisão em relação aos órgãos superiores da administração e a maior participação da comunidade escolar nos espaços de poder da escola, por meio de instâncias como os conselhos de escola (Krawczyk, 1999).
Os argumentos que defendiam a necessidade de uma gestão escolar autônoma como condição para melhorar a qualidade do ensino supunham, segundo estudos realizados por Warde, a unidade escolar como o locus dessa melhoria: é a unidade escolar que comporta as possibilidades de aperfeiçoamento qualitativo do ensino, porque é nela que podem ser realizadas experiências pedagógicas alternativas (Warde 1992).
A Educação sempre conviveu com duas posturas ideológicas divergentes, que caracterizam, logicamente de forma diversa, o processo educacional – uma que se volta à manutenção da arquitetura (social, política, econômica), e outra que busca uma ruptura com o estabelecido. A qualidade em Educação, fica, desta forma, subordinada ao atendimento de determinados requisitos que se vinculam a uma ou outra concepção.
As críticas em relação à qualidade da educação surgem, assim, subordinadas à lógica do capital humano, que reverencia a economia de mercado e que atribui à educação a propriedade de recuperação econômica da sociedade, considerando a formação de uma força de trabalho produtiva e competente. O paradigma que norteia a concepção de educação, está, dessa forma, fundamentado na categoria do “trabalho” e, portanto, está obsoleto.
A concepção mais cruelmente relegada na nossa história educacional foi essa que se vincula à ruptura com o estabelecido. Apesar da luta em prol de uma educação libertadora jamais ter saído da pauta de reivindicações sociais, convivemos, invariavelmente, com um modelo educacional voltado para a manutenção do status quo e, por isso, contrário à emancipação popular.
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Com relação aos diretores escolares, além do nível de escolarização pesam, na aprendizagem, o tempo como diretor e o tempo em que trabalha na educação. Os dados mostram que o maior tempo de exercício na educação melhora a proficiência Vale ressaltar a proposta de democratização da gestão educacional, contemplando a eleição para diretores como fator relevante. Numa proposta consistente, o tempo determinado para sair, os critérios claros e públicos de escolha e a defesa de um plano de ação coerente com a proposta pedagógica da escola são fatores indispensáveis. Os professores apontam três dificuldades principais que podem estar prejudicando a relação ensino/aprendizagem: alto índice de falta às aulas, carência de recursos pedagógicos e carência de pessoal de apoio pedagógico. Estes indicadores são reveladores de limites perversos que, se superados, poderiam influir positivamente na aprendizagem.
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No que se refere à prática da sala de aula, os recursos utilizados pelos professores são os tradicionais quadro de giz, exposição oral da matéria e exercício em livro didático. Na avaliação, predominam a prova e a lição de casa, também considerados recursos tradicionais. A utilização de recursos tradicionais de ensino corresponde a práticas de avaliação também tradicionais por parte da maioria esmagadora dos professores. Tal correlação não é observada nos instrumentos de avaliação utilizados pelo INEP, que não aferem o desenvolvimento do processo de aprendizagem dos alunos mas o seu resultado. Acredito que a concepção de qualidade em educação utilizada neste trabalho é a mais significativa para a construção de uma sociedade menos injusta, refere-se àquela que se compromete com os ideais de emancipação popular.
ESPERO TER AJUDADO MUITO ❤