quais são os objetivos geopolítico das armas nucleares?
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As armas nucleares, também chamadas de bombas atômicas, são armamentos de grande poder destrutivo. Sua força vem de reações nucleares, ou seja, reações que acontecem no núcleo dos átomos, as partículas minúsculas que formam toda matéria existente – objetos, animais, natureza, tudo. Essas reações são provocadas pelos humanos para que liberem grande quantidade de energia – e poder explosivo.
Existem basicamente dois tipos de reações possíveis, que resultam em dois tipos de armas nucleares: por fissão ou por fusão dos núcleos atômicos. Vamos explicar melhor cada um deles:
Fissão NuclearNa fissão nuclear, núcleos de elementos pesados, como o urânio e o plutônio, são quebrados em átomos menores, através do bombardeamento com nêutrons – partículas minúsculas que também integram os átomos.
Quando a desintegração ocorre, novos nêutrons são liberados, atingindo os núcleos dos átomos pesados que se encontram a sua volta, resultando em uma reação em cadeia que só terá fim quando todos os elementos pesados já tiverem sido quebrados em átomos menores.
Este tipo de armamento nuclear foi utilizado ao final da Segunda Guerra Mundial, pelos Estados Unidos, contra duas cidades japonesas: Hiroshima e Nagasaki. Na primeira, foi utilizado o urânio e, na segunda, o plutônio. Estima-se que cerca de 200 mil pessoas tenham falecido por consequência de seu uso, tanto no momento da explosão quanto pela radiação liberada.
Fusão NuclearNa fusão nuclear, como o nome diz, ocorre quase o oposto que na fissão: os núcleos, ao invés de serem quebrados em elementos menores, juntam-se, formando átomos mais pesados. Do mesmo modo como na fissão, o processo de fusão libera uma enorme quantidade de energia.
Os elementos mais comuns para a realização de uma fusão nuclear são o hidrogênio e o hélio. Por isso, armamentos nucleares que se utilizam da fusão também são conhecidos como “bombas-H” ou bombas de hidrogênio.
A bomba mais poderosa já testada era deste tipo: a “bomba Tsar”, feita pela URSS em 1961 e cuja força era equivalente a aproximadamente 3,8 mil bombas de Hiroshima.
O PAPEL DAS ARMAS NUCLEARES EM CONFLITOS POLÍTICOSDurante a Guerra Fria, URSS e EUA entraram em uma corrida armamentista, buscando expandir ao máximo seu poder bélico. A corrida incluiu testes e desenvolvimento de armamentos nucleares. Quando a URSS testou sua primeira bomba atômica, em 1949, o perigo de uma guerra nuclear entre as duas superpotênciais se tornou mais real.
Apesar do medo e tensão que geram, as armas nucleares são consideradas um dos grandes motivos para que a Guerra Fria não tenha se tornado “quente”. Com a perspectiva de destruição mútua, ambos os Estados evitaram um conflito direto durante os mais de 40 anos em que durou o embate