Sociologia, perguntado por dizisteam12, 11 meses atrás

Quais são os mitos Do 7° de setembro?​

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Respondido por daiadias28
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Resposta:

Explicação:

* Há quem diga que o grito “Independência ou Morte” de fato nunca aconteceu. Pelo menos não assim, já que houve um discurso bem maior e a frase teria realmente sido criada pelo próprio imperador, mas em cartas enviadas a outras províncias, buscando inflamar o nacionalismo e conseguir apoio político para o governo.

Nada de cavalos brancos - pois se utilizavam mulas para subir a serra - ou trajes impecáveis de oficiais do exército. Ao que tudo indica, a cena aconteceu em um cenário bem mais simples do que aquele que está ilustrado no quadro de Pedro Américo. Primeiramente, teria sido praticamente impossível uma guarda real tão grande estar seguindo o imperador nessa viagem, visto que ela só foi criada algum tempo depois do estabelecimento do império.

Não há indícios seguros de que haveria alguma participação popular no momento do recebimento da carta que suscitou a manifestação de separação entre Brasil e Portugal. O que os documentos indicam é exatamente o contrário, visto que a Independência do Brasil se configura mais como uma articulação da elite brasileira do que um movimento do povo.

Uma outra lenda do período dizia que o imperador Dom Pedro I teria composto o Hino da Independência na mesma tarde do dia 7 de setembro. Os indícios históricos apontam que isso de fato não aconteceu, visto que, tendo chegado em casa exausto, é mais provável que ele tenha ido descansar e, à noite, consta que foi a uma apresentação teatral. A composição, provavelmente, já estaria pronta antes disso.

A Independência do Brasil não foi algo que ocorreu da noite para o dia, muito menos apenas na manhã do dia 7 de setembro de 1822. Historicamente, foi um fato envolto em uma série de outros desdobramentos anteriores, que se estenderam até a consolidação do Brasil como país independente.

Bem antes do Grito da Independência, mais precisamente no ano de 1808, a vinda da família real portuguesa para o Brasil resultou em um intenso avanço político e diplomático do país. Porém, com a abertura dos portos brasileiros, o estabelecimento de um comércio mais forte no país e uma melhor situação econômica, a manutenção da colônia começou a ser algo difícil para a corte portuguesa.

Após a estadia da família real portuguesa, o Brasil já contava com uma liberdade política maior, figurando agora como parte de um reino unificado. Porém, a partir de 1821, Portugal começou a demonstrar interesse em voltar o país novamente para a posição de colônia, o que desagradava a aristocracia local. Então, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro recebeu uma carta solicitando sua volta ao país europeu. O príncipe regente se negou a ir e permaneceu em terras brasileiras, um ato que ficou conhecido com o Dia do Fico.

Entre os historiadores, há a visão do 7 de setembro como uma data construída, e que não diz respeito ao exato momento da leitura da carta que representou a ruptura entre Brasil e Portugal. Ainda durante o Império, já houve uma preocupação em estabelecer uma data oficial para essas comemorações e, com isso, criar uma identidade nacional mais forte.

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