quais sao os maiores genios da literatura ???? PLEASE
Soluções para a tarefa
Ricardo Padue
Harold Bloom
Ed. Objetiva, Rio de Janeiro. tel. (21) 2556-7824. 832 págs. R$ 89,90
Já faz 30 anos que Harold Bloom atiçou o mundo das letras com seu livro "A Angústia da Influência", em que mostrou os poetas modernos como personagens retardatárias de uma história cuja riqueza está em suas origens. Eles viveriam uma eterna, trágica e inútil luta para se situarem em relação a
Ricardo Padue
Oscar Wilde
Shakespeare, Dante, John Milton e outros gênios do passado. Essa tese impressionou até mesmo muitos dos que se preocupam com a ciência, como o americano John Horgan, que no controverso livro "O Fim da Ciência" (1996) mostra os cientistas atuais sob a angústia da pesadíssima influência das leis de Newton, da Teoria da Evolução de Darwin e da Relatividade de Einstein.
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Jorge Luis Borges
Professor da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e crítico literário dos mais atuantes dos dias de hoje, Bloom, com 73 anos, é um dos estudiosos que mais combatem a idéia de que as grandes realizações das artes, da literatura e da ciência podem ser completamente explicadas pelos seus aspectos sociais, políticos e econômicos. "Constata-se um certo retrocesso, por parte de indivíduos que descartam o conceito de gênio, por considerá-lo mero fetiche do século 18. O pensamento em bloco é a praga que assola a presente Era da Informação, atacando, de modo especialmente danoso, as nossas instituições acadêmicas obsoletas", diz ele. "O estudo da mediocridade gera a mediocridade."
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Machado de Assis
Bloom reconhece que "listas dos cem mais" e outras do gênero sempre são arbitrárias e idiossincráticas. Mas ele enfatiza seus selecionados como os melhores exemplos da rara capacidade de transcender as condições culturais e históricas e de gerar obras que sobrevivam ao tempo. "Falstaff e Hamlet estão bem mais vivos do que muita gente que conheço. (...) Lemos em busca de mais vida, e só o gênio é capaz de nos prover de mais vida", afirma o escritor.
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Mark Twain
Um exemplo dessa capacidade, para o crítico, é Machado de Assis (1839-1908). "Machado de Assis é uma espécie de milagre, mais uma demonstração da autonomia do gênio literário quanto a fatores como tempo e lugar, política e religião, e todo o tipo de contextualização que supostamente produz a determinação dos talentos humanos." E isso vale para todos os cem eleitos em "Gênio". "Qualquer contemporâneo de Dante poderia compartilhar
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William Blake
da relação que o poeta teve com a tradição, do conhecimento e de algo semelhante ao amor do poeta por Beatriz, mas somente Dante escreveu a 'Comédia' ", diz Bloom, para quem o italiano, Shakespeare, Cervantes, Homero, Virgílio e Platão são obrigatórios em qualquer seleção desse gênero.
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Ernest Hemingway
"Gênio" pode parecer contraditório, à medida que seu autor faz pelo menos três descrições diferentes do objetivo de seu livro. Mas o que importa é o que ele busca resgatar em meio ao moedor de carne do "nivelamento por baixo" da produção intelectual subordinada à mídia e aos caprichos da política cultural: "A noção de 'grandeza' está fora de moda, assim como a idéia de transcendência, mas é difícil continuar vivendo sem alguma esperança de se deparar com o extraordinário."'
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