Português, perguntado por mayarafroes59, 9 meses atrás

Quais são os impactos sociais que a pandemia nós trouxe?

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Respondido por Aninhahlu20
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Resposta:

Desde que o primeiro caso de coronavírus foi diagnosticado, em dezembro de 2019, inúmeros esforços foram feitos para introduzir e estimular a prática do isolamento social, resultando em mudanças nos padrões comportamentais e na mobilidade da população.

Segundo a psicóloga Jóice Seidl - idealizadora e voluntária da ONG Baleia do Bem ’Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio’, especialista em Prevenção de Comportamentos Autodestrutivos e especializanda em Suicidologia e Luto - toda essa situação tem o poder de afetar a saúde mental das pessoas. ‘Isso aumenta o nível de ansiedade, pois situações desconhecidas e incertas fazem com que todos se sintam inseguros, principalmente em casos como esses, de alcance mundial’, observa.

Ela cita um estudo realizado na China, onde 53,8% das pessoas relataram ter sido impactadas psicologicamente pela pandemia. Destes:

31 % reportaram sintomas depressivos moderados a severos

28,8% reportaram sintomas de ansiedade moderada a severa

8,1% reportaram sintomas de estresse moderado a severo

29% reportaram sintomas de transtorno de estresse pós-traumático

 

‘O estudo ainda sinaliza para a questão sobre como as pessoas chegaram até a pandemia, referindo que ‘ninguém chegou zerado’. Muitas pessoas já chegaram com sua saúde mental alterada e, portanto, precisarão de um olhar psicológico ainda mais apurado neste momento’, reflete a psicóloga.

 

Muito além da ansiedade

De acordo com a Revista de Medicina Jama (Abril/2020), no contexto da pandemia do Covid-19, parece provável que haverá aumento substancial em ansiedade e depressão, uso de álcool e outras drogas, solidão e violência doméstica. E com as escolas fechadas, há uma possibilidade muito real de uma epidemia de abuso infantil.

Um estudo publicado na revista britânica Lancet abordou o medo e a solidão sofridos  por aqueles que enfrentam uma quarentena como consequência do coronavírus. De acordo com o este estudo, os efeitos psicológicos negativos da quarentena incluem estresse pós-traumático, confusão e raiva, além de ansiedade.

Uma vez que os efeitos negativos de uma quarentena costumam ser detectados meses ou até anos depois dela, é fundamental que sejam planejadas medidas de prevenção e controle dos danos à saúde mental da população. Segundo a psicóloga Jóice, algumas das medidas eficazes para reduzir as consequências negativas da quarentena incluem:

     Fornecimento de informação adequada à população - O devido esclarecimento leva à redução do medo, da incerteza e da desconfiança aos cuidados prestados pela equipe de saúde.

     Fornecimento de suprimentos adequados - Providenciar os itens básicos de suprimentos reduz a repulsão e os efeitos negativos à quarentena.

 

     Redução do entendiamento e melhora da comunicação - A oferta ou sugestão de atividades de entretenimento permitem o melhor manejo do estresse do isolamento.

 

O comportamento suicida

Como o isolamento social se tornou uma necessidade, causando mudanças abruptas em nosso dia a dia, fatores outrora considerados como indicadores de risco para o comportamento suicida deverão ser compreendidos como sentimentos e pensamentos do cotidiano, não deixando de considerá-los como importantes na prevenção do suicídio, mas considerando-os como sentimentos esperados para a atualidade. São eles: oscilação do humor, pessimismo, desesperança, desespero, ansiedade, dor psíquica, estresse acentuado, problemas associados ao sono (excessivo ou insônia).

‘Dessa forma, devemos atualizar nossa maneira de perceber os fatores de risco para o comportamento suicida nesse momento’, a a psicóloga, revelando alguns sinais de a merecem atenção mais acirrada. ‘Falta de sentido de viver, aumento do uso de álcool e/ou outras drogas, transtornos mentais e tentativas prévias de suicídio apresentam maior vulnerabilidade e necessitam de cuidados’, a.

Segundo a especialista  no assunto, quando você sentir que uma pessoa próxima a você não está bem, ofereça acolhimento e escuta para que ela possa desabafar e compartilhar seus sentimentos e percepções, mesmo que sejam antecipações catastróficas. ‘É hora de acolher, ouvir os melindres e dar espaço para que eles saiam da pessoa em sofrimento’, diz, citando a frase suicidóloga Karina Fukumitsu.

‘Depois da escuta e do acolhimento, pergunte para a pessoa o que antecipa como pior cenário e construa estratégias para lidar com a possível situação. É importante reafirmar que devem ser encontradas maneiras para resolver esse momento difícil e que ninguém está sozinho nesta situação. Além disso, é recomendável que a pessoa seja estimulada a pedir ajuda e procurar os serviços de saúde mental que disponibilizam atendimentos online e/ou presencial’, enfatiza, novamente citando a mesma suicidóloga.

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Espero ter ajudado bjs


Aninhahlu20: O texto ficou muito grande dscp
mayarafroes59: Q nd, obgd♥️
Aninhahlu20: Pd marcar como melhor resposta pfv
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