quais são os grupos que constrói a história
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RESUMO
Este artigo dará continuidade ao projeto de produção científica sobre o ensino de história e sua valorização da memória para a compreensão da história local. A escolha desse tema está baseada em um trabalho sobre Memória e história local elaborado durante a disciplina “História Regional”. Para isso irá utilizar a contribuição de autores preocupados com uma maior compreensão sobre a importância do ensino da história local e o resgate de sua identidade histórica e social. A relevância deste trabalho está na compreensão do desenvolvimento de metodologias que favoreçam um ensino de História comprometida com a inserção da história local em sala de aula, valorizando o cotidiano dos alunos.
Palavras-Chave: Cotidiano. Ensino. História. Localidade. Memória.
INTRODUÇÃO
diversas em seus fundamentos teóricos, buscam recuperar as relações mais complexas entre os diversos grupos socais, estabelecendo conexões entre conflitos diários que se inserem em uma forma de política contestatória e identificar as lutas de resistência a mudanças, o apego a tradições.
É importante destacar que os Parâmetros Curriculares Nacionais de História, demonstram alternativas que favorecem a compreensão dos alunos em relação ao estudo da memória na construção do conhecimento histórico.
O estudo sobre a memória se universalizou no momento em que, como nunca, o passado está distante do presente, quando as pessoas não mais identificam sua herança pela perda dos antigos padrões de relacionamento social e a desintegração dos antigos laços entre as gerações.
Para Gaddis (2003), “o estabelecimento da identidade requer o reconhecimento de nossa relativa insignificância no grande esquema das coisas”. Esse seria, no seu entender, um dos significados da maturidade nas relações humanas e mais, do próprio valor do uso da consciência histórica.
Os PCN (1997) têm também como pressuposto que o aluno pode apreender a realidade na sua diversidade e nas múltiplas dimensões temporais. Destacam os compromissos e as atitudes de indivíduos, de grupos e de povos na construção e na reconstrução das sociedades, propondo questões locais e regionais.
Há também nos PCN uma forte ênfase na questão dos sujeitos históricos, colocando como objetivo da educação esta construção, valorizando o papel de cada um na construção da história de todos, possibilitando que a memória também possa ser um instrumento para esta construção, quando diz que “O sujeito histórico pode ser entendido, por sua vez, como sendo os agentes de ação social, sendo eles indivíduos, grupos ou classes sociais”.
Para o ensino fundamental a LDB (1996, pág.17) em seu Artigo 22, estabelece que:
A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornece-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores. (Lei nº 9.394/96)
Esta lei vem reforçar a importância de um ensino de História que valoriza o senso crítico de seus alunos.
2. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE HISTÓRIA NO AMBIENTE ESCOLAR
“Seja como for, a aula [de História] pode tornar-se um pensamento em formação que continua a se criar diante dos alunos, ou antes, com os alunos”.
(Georges Snyders, 1995)
O ensino de História pode desempenhar um papel importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre o indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais, culturais, valores e com gerações passadas e futuras.
De acordo com os PCN, o ensino de História é portador da possibilidade de levar o aluno a estabelecer relações e produzir reflexões sobre culturas, espacialidades e temporalidades variadas através da construção de noções que contemplem os seus valores e os de seu grupo, desenvolvendo para isto relações cognitivas que o levem a intervir na sociedade.