quais sao os desafios da educação pública no Brasil.
Soluções para a tarefa
Acesso à educação infantil de qualidade, jornada escolar adequada, tecnologia como ferramenta pedagógica para professores, método de ensino e motivação pessoal do aluno são aspectos que impactam na trajetória de um estudante. Entre ressalvas e complementos, os professores Ricardo Paes de Barros, titular da cátedra Instituto Ayrton Senna, e Sergio Firpo, titular da cátedra Instituto Unibanco, participaram de painéis de discussão do evento que apresentou os resultados do estudo “Fatores que influenciam o sucesso escolar na América Latina”, realizados no último dia 29 no Insper.
O estudo é uma análise feita pela consultoria McKinsey & Company a partir de microdados do exame internacional Pisa de 2015, que é organizado pela OCDE a cada três anos. Na última edição, mais de 72 países participaram do exame de aprendizagem.
Marcos Lisboa, presidente do Insper, fez a abertura do encontro, que contou com a participação de mais de 100 profissionais ligados direta e indiretamente à área da Educação de diferentes estados, como São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.
“A formação e o debate são fundamentais, principalmente neste momento de dificuldade que o país está passando. Estamos aqui para servir à Educação, formando as melhores pessoas”, destacou Lisboa.
Mentalidade
A mentalidade de crescimento e o sentimento de pertencimento são pontos importantes na Educação. Mas, o professor Ricardo Paes de Barros fez um alerta durante sua fala sobre o risco de superestimar essas atitudes e ter predições, indicando que é preciso avaliar os efeitos causais.
“Não há dúvidas que os programas socioemocionais têm impacto no aprendizado de matemática, por exemplo. É difícil identificar qual das 15 aptidões desenvolvidas durante um programa é responsável por esse aprendizado. Estamos exigindo das competências socioemocionais o que nunca exigimos da matemática, tentando saber o quanto a álgebra impactou o futuro das pessoas”, apontou.
Apesar da dificuldade em analisar essas competências isoladamente, o professor destacou que, juntas, essas aptidões podem influenciar a realidade de um estudante de baixa renda, dando a ele resiliência, flexibilidade e determinação para persistir em sua trajetória, apesar das adversidades.
“Esses fatores contribuem para que o aluno possa ter alto desempenho, mas também é preciso ter coerência em toda a formação, dentro e fora da sala de aula, e a desigualdade de oportunidade não pode existir”, afirmou o professor.
Tecnologia
Entre tantos questionamentos que surgiram no decorrer do evento, os participantes dos três painéis compartilharam experiências pessoais, apresentaram cases e provocaram a plateia com reflexões. A consultora educacional Ana Lúcia Gazzola foi uma das participantes que aflorou o debate sobre o uso da tecnologia no ambiente escolar.
“É preciso ter foco e prudência. Distribuir um tablet por aluno na escola não resolve, sem antes melhorarmos a monotonia que é o ensino médio no país. Não vamos ser uma Finlândia, sem antes ser um Brasil melhor”, defendeu.
No mesmo painel, o professor Sergio Firpo ponderou os prós e contras do uso da tecnologia nas salas de aula, explicando que escolhas devem ser feitas para essa adoção.
“Os recursos tecnológicos podem causar distração, tendo quer ter supervisão para serem utilizados nas escolas. Mas, a tecnologia também nos dá a oportunidade de fazermos experimentos em tempo real e rapidamente, além de favorecer o trabalho em equipe”, enfatizou.
O caminho defendido por grande parte dos profissionais presentes é repensar a cultura, o método e as ferramentas utilizadas em sala de aula para se alcançar a qualidade no ensino e diminuir a desigualdade educacional, que são os desafios atuais no país.
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O caminho defendido por grande parte dos profissionais presentes é repensar a cultura, o método e as ferramentas utilizadas em sala de aula para se alcançar a qualidade no ensino e diminuir a desigualdade educacional, que são os desafios atuais no país.
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