História, perguntado por gandrade20, 10 meses atrás

Quais são os agentes do urbanismo?

Soluções para a tarefa

Respondido por Isadora01costa
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Resposta:

A busca pela definição do conceito "espaço" e de seu papel no processo de desenvolvimento socioeconômico é objeto de estudo das mais variadas áreas do conhecimento, como, por exemplo, filosofia, matemática, física, geografia e economia. Estudiosos destas áreas, especialmente os matemáticos, desenvolveram os conceitos de espaços abstratos, euclidianos, n-dimensionais, etc., com o objetivo de explicar a multiplicidade dos mesmos. Contudo, segundo Lefebvre (1991), as análises realizadas por estes teóricos restringem-se a uma observação descritiva do espaço, o que não permite explicar sua dinâmica, ou seja, como surgem e desaparecem os diferentes tipos de espaço – arquitetônicos, geográficos, econômicos, demográficos, ecológicos, políticos, comerciais, etc. – e como os fluxos entre os mesmos são estabelecidos.

A partir da observação do espaço capitalista – o mercado mundial –, Lefebvre (1991) evidencia que o espaço geográfico não se limita a ser o locus passivo das relações sociais. Pelo contrário, o espaço desempenha papel ativo na construção destas relações ao assegurar a dinâmica do capital, de tal forma que sociedades com modos de produção distintos terão características diferentes, originadas a partir das relações sociais estabelecidas em seus respectivos espaços. Em outras palavras, a dinâmica do capital e o capitalismo influenciam as práticas relacionadas ao espaço por meio da distribuição de investimentos e da divisão do trabalho, estabelecendo relações sociais que se originam no cerne do processo de produção e se concretizam nas transações monetárias. Esta constatação evidencia que as análises descritivas realizadas até então não são capazes de explicar esta dinâmica e, por este motivo, o autor propõe uma teoria que englobe diferentes aspectos do espaço utilizando o conceito de Espaço Unitário.

O Espaço Unitário seria uma categoria para explicar as diferentes formulações do espaço, englobando três importantes aspectos do mesmo, indispensáveis para a sua compreensão, que seriam: aspectos físicos (naturais), mentais (lógicos e abstratos) e sociais. Estes atributos transformam o espaço ativo no processo social e político. Este é um conceito bastante complexo, pois procura cobrir um campo de pesquisa amplo, o que dificulta sua representação matemática e/ou física (hipóteses restritivas) e, consequentemente, a elaboração da Teoria do Espaço Unitário. Outro fator que dificulta sua representação é a ação estatal que, por meio de medidas de regulamentação, influencia a própria configuração do espaço, tornando a análise ainda mais complexa. Apesar da inviabilidade de construção desta teoria, Lefebvre (1991) destaca que não se deve deixar o conceito de Espaço Unitário em segundo plano nas análises realizadas. Pelo contrário, suas constatações implicam que, tendo este conceito em mente, deve-se procurar unificar os vários campos da análise social através da observação dos atuais problemas articulados com problemas de natureza espacial.

Para Lefebvre (1991), o espaço (social) é um produto social, ou seja, cada sociedade produz seu próprio espaço a partir de suas relações sociais, de suas bases produtivas e culturais. Assim, o espaço serve como ferramenta de ideias e ações e funciona como um meio de controle e dominação. Estas afirmações levam às seguintes conclusões, que têm implicações significativas para a análise espacial:

i) O espaço físico (natural) está desaparecendo: em todas as sociedades há um discurso de que é preciso preservar o meio ambiente para sustentar o crescimento futuro e garantir o bem-estar das próximas gerações. Todavia, na prática não é isto que ocorre, pois o processo de produção afeta a natureza de forma cada vez mais intensa (seja por meio da utilização de matérias-primas, seja poluindo os ativos naturais), o que tem prejudicado o espaço físico;

ii) Cada sociedade e, portanto, cada modo de produção, produz seu próprio espaço: cada sociedade tem uma prática social específica que gera um espaço apropriado para a mesma. O espaço social contém representações específicas das interações entre as relações sociais de produção e reprodução (coexistência e coesão) e possui três dimensões. A primeira seria o espaço vivido ou a prática social (inclui a produção e a reprodução das formações sociais), a segunda seria o espaço concebido (ideia de planejamento e concepção do espaço, ou seja, códigos formais para planejar o espaço, aos quais o espaço vivido está articulado) e a terceira seria o espaço percebido/representacional (cada indivíduo percebe o espaço de forma diferente, porque possui dimensões diferentes da forma de viver e de conceber o mesmo. Esta dimensão é essencial para o modo de vida em sociedade, pois apesar das diferentes percepções, os indivíduos se adaptam às normas)

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Respondido por afonsinaBarbosa19k
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argumentei a sabrina ne t e o onibus

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