Geografia, perguntado por giovannasaints, 8 meses atrás

Quais são as transformações políticas no Brasil?? obs: quem tiver a melhor resposta ganha pontos​

Soluções para a tarefa

Respondido por pedropauli41
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Resposta:

Este trabalho discute as transições políticas no Brasil no contexto da globalização. Focaliza os legados políticos que ofereceram resistência aos processos externos e os "novos freios e contrapesos" que constituíram condições relevantes para o processo de formulação e tomada de decisão de política nos anos 90. Indica também que o gerenciamento de políticas macroeconômicas, combinado com o processo político mais amplo, foi uma importante dimensão das transições. Conclui salientando a existência de desafios no âmbito do tratamento da questão social e dos vínculos entre os âmbitos interno e externo

Explicação:


giovannasaints: Obrigado
Respondido por guilimbiru
0

Resposta:

Explicação:

O terreno em que as políticas sociais transitam é permeado pela luta de classes, ou

seja, o confronto social entre a antítese: acumulação privada de capital e exploração da força

de trabalho. As mistificações que justificam as políticas sociais enquanto dádivas do Estado

servem para ocultar a contradição central do processo de produção de valor mediante a

exploração de trabalho excedente1

A análise que amputa a constituição sócio-histórica do Estado e das políticas sociais

em suas particularidades nacionais, tende a “naturalizar” a realidade, principalmente quando

pretendem compreender as diferentes maneiras de inserções dos países na acumulação

capitalista e das suas formas de organização dos direitos sociais. A visão gradualista dos

processos sociais dos países centrais (ou “desenvolvidos”) que apostavam no consequente

crescimento homogêneo dos países periféricos (ou “subdesenvolvidos”) não serve mais para

explicar o momento atual de ofensiva às conquistas das classes trabalhadoras no conjunto do

globo. Aquele ideal da “periferia” almejar o crescimento econômico e as condições de

seguridade social, que foram vigentes em determinados países “desenvolvidos” na “fase de

ouro” do capitalismo, o chamado “Estado de bem estar social”, tornou-se vetustez e ahistórico. A fase de crescimento econômico e acesso aos direitos sociais aos trabalhadores foi

obstruída pelo irrompimento da crise estrutural do capital nos anos 1970, que ampliou suas

dificuldades de expansão e reprodução pela queda tendencial da taxa de lucro, estimulando

contratendências para conter as crises de acumulação, o que promoveu regressidade nos

direitos sociais e acentuada precarização do trabalho

dos trabalhadores assalariados. Para tanto, o Estado,

enquanto espaço de disputa das classes sociais por direitos sociais, na atualidade, corresponde

à sua autonomia relativa frente ao confronto entre capital e trabalho, para o desenvolvimento

justo e normal da “sociedade civil”.

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1 Segundo a análise de Elaine Behring (2010), com a crescente mundialização do capital e a financeirização de

todas as suas modalidades, parte do trabalho necessário para suprir os meios de subsistência do trabalhador

também está sendo extraída pela tributação crescente da esfera do consumo, compondo o “fundo público” que na

atualidade serve enquanto grande indutor dos processos de concentração e centralização do capital.

. Segundo Mészáros (2011), essa fase é

2 Tal ofensiva do capital é apresentada pela maioria dos autores que utilizamos neste ensaio enquanto

neoliberalismo. Em nossa análise, priorizaremos o termo ofensiva do capital, por acreditar que as “políticas

neoliberais” não representam de fato uma volta aos preceitos liberais e nem mesmo uma fase a ser superada

antes da superação do próprio capitalismo. As políticas sociais dos anos 1980 e 1990 promoveram a regressão

dos direitos sociais e das formas de regulação social, sendo verdadeiras “contrarreformas”, bem diferente das

“reformas” clássicas que constituíram os avanços da democracia burguesa – emancipação política – advinda das

lutas sociais das classes trabalhadoras nas conquistas dos diretos sociais.

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marcada por um período de “depressão contínua” em que o processo de deteriorização das

estruturas do capital se dá lentamente, de forma “rastejante”3

A particularidade sócio-histórica em que localizamos a política social, no Brasil, é

determinada pela síntese de complexos que constituíram a predominância do capitalismo

dependente na América Latina. Nesta esfera do globo, os ritmos e padrões externos foram

determinantes em sua configuração periférica, delimitados pela necessidade de maior extração

de valor da força de trabalho empregada nesses países, para auxiliar o desenvolvimento

industrial em plena irrupção dos países centrais. A análise de Rui Mauro Marini (2005) e de

Florestan Fernandes (2005) sobre a “superexploração”, ou “dupla-extração” de valor, nos

orientam para essa afirmação.

, corroendo todas as dimensões

da vida social, da relação com o meio ambiente e das relações de sociabilidade entre

indivíduos e nações.

O Brasil que construiu toda sua estrutura estatal indutora de desenvolvimento

industrial e controle social dos “de baixo”, a partir dos anos 1930, o fez sobre a intensa luta de

classes. As lutas sociais do período colonial, neocolonial, república velha, capitalismo

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