quais são as situações que usamos o errado querendo que seja o certo?
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É importante lembrarmos que a normatização da linguagem corresponde, em geral, ao jogo do certo ou errado. Assim sendo, a norma é a regra daquilo que pode ou não ser usado na língua oral ou escrita. O perigo é transformar o conhecimento destas regras num mecanismo para discriminar os que não as dominam.
A norma é a marca do chamado padrão culto da língua, que é apenas uma das variantes linguísticas. O professor André Valente, em A linguagem nossa de cada dia, afirma: “Não há, em essência, variante linguística que seja superior a outras. Existe, sim, a que tem mais força e prestígio, a variante dos detentores do poder: da elite (econômica, política ou intelectual).”
Quanto aos gramáticos, é sempre bom lembrar que não há uniformidade de pensamento. Eles próprios não estão de acordo sobre o que significa correção na língua falada ou escrita. Há dois extremos perigosos: o conservador, que toma como padrão os textos considerados clássicos da nossa literatura, e o anárquico, que aceita tudo, que considera a língua um organismo que se desenvolve com total liberdade, abandonando completamente o conceito do certo ou do errado.
Entre o conservador e o anárquico, está o moderado. Eu, por exemplo. E como é difícil ser moderado!
Ser moderado é respeitar a tradição gramatical, quando há consenso entre os estudiosos, e estar com a mente aberta para as novidades, para os novos conceitos. Se a língua é viva, ela evolui, ela se transforma. Radicalizar é perigoso. E é impossível “engessar” qualquer língua.
Sou defensor do conceito da “aceitabilidade”, mas tenho total consciência de que é muito difícil estabelecer o que é obrigatório, o que é facultativo, o que é inapropriado, o que é grosseiro, o que é inadmissível...
Vamos ver um exemplo. Na minha opinião, o uso da expressão “a gente”, em vez do pronome “nós” é aceitável em qualquer texto coloquial. Na sentença de um juiz, em que a sociedade exige uma linguagem formal, a chamada linguagem “culta ou padrão”, o uso de “a gente” seria inapropriado, inadequado. Tão inadequado quanto eu dizer “ela esteve aqui conosco” num bate-papo informal na beira da praia. Como já disse outras vezes, “conosco” na beira da praia mais parece nome de biscoito: “Dá um conosquinho aí”.
A norma é a marca do chamado padrão culto da língua, que é apenas uma das variantes linguísticas. O professor André Valente, em A linguagem nossa de cada dia, afirma: “Não há, em essência, variante linguística que seja superior a outras. Existe, sim, a que tem mais força e prestígio, a variante dos detentores do poder: da elite (econômica, política ou intelectual).”
Quanto aos gramáticos, é sempre bom lembrar que não há uniformidade de pensamento. Eles próprios não estão de acordo sobre o que significa correção na língua falada ou escrita. Há dois extremos perigosos: o conservador, que toma como padrão os textos considerados clássicos da nossa literatura, e o anárquico, que aceita tudo, que considera a língua um organismo que se desenvolve com total liberdade, abandonando completamente o conceito do certo ou do errado.
Entre o conservador e o anárquico, está o moderado. Eu, por exemplo. E como é difícil ser moderado!
Ser moderado é respeitar a tradição gramatical, quando há consenso entre os estudiosos, e estar com a mente aberta para as novidades, para os novos conceitos. Se a língua é viva, ela evolui, ela se transforma. Radicalizar é perigoso. E é impossível “engessar” qualquer língua.
Sou defensor do conceito da “aceitabilidade”, mas tenho total consciência de que é muito difícil estabelecer o que é obrigatório, o que é facultativo, o que é inapropriado, o que é grosseiro, o que é inadmissível...
Vamos ver um exemplo. Na minha opinião, o uso da expressão “a gente”, em vez do pronome “nós” é aceitável em qualquer texto coloquial. Na sentença de um juiz, em que a sociedade exige uma linguagem formal, a chamada linguagem “culta ou padrão”, o uso de “a gente” seria inapropriado, inadequado. Tão inadequado quanto eu dizer “ela esteve aqui conosco” num bate-papo informal na beira da praia. Como já disse outras vezes, “conosco” na beira da praia mais parece nome de biscoito: “Dá um conosquinho aí”.
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