Quais são as principais tendências da globalização?
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Futuro incerto'
Dívidas fora de controle, medidas de austeridade na zona do euro e distúrbios políticos globais causam o maior nível de incerteza política e econômica dos últimos anos, aponta o relatório.
"E se a situação de prosseguir, isso terá efeitos para os consumidores que, em tempos incertos, vão exercitar a cautela ao tomar decisões de consumo."
'Classes médias emergentes'
"A expansão da classe média nos diversos países emergentes será um dos efeitos-chave do crescimento econômico (desses países), à medida que grandes contingentes populacionais deixaram a pobreza e formaram uma base de consumidores cada vez mais exigentes e sofisticados", opina a Euromonitor.
Relatório de novembro do Banco Mundial cita por exemplo o aumento da renda média na América Latina. Na última década a classe média da região cresceu em 50%, de 103 milhões de pessoas em 2003 para 152 milhões em 2009, hoje representando 30% da população.
Na Rússia, analistas apontam que a classe média está mais influente e busca sua voz na política; a China mira cada vez mais seu mercado de consumo doméstico, diante do desaquecimento da economia global.
'Jovens desiludidos'
A crise em países desenvolvidos teve como desfecho os altos índices de desemprego entre os jovens, e essa tendência deve se manter, diz a Euromonitor.
Idosos na Grã-Bretanha; população global está em processo de envelhecimento
Entre os casos mais graves estão a Espanha e a Grécia, onde, segundo dados da Eurostat (instituto oficial de estatísticas da União Europeia), a taxa de desocupação de pessoas com menos de 25 anos supera os 50%.
Essas taxas contribuem para a insatisfação dos eleitores mais jovens, muitos dos quais têm saído às ruas de Atenas e Madri para protestar contra as medidas de austeridade na Europa.
O relatório da Euromonitor afirma que "faltam perspectivas decentes para os jovens, que enfrentam altos desemprego, custos universitários e custos de vida, além da falta de moradia acessível e do fardo de ter que ajudar os mais idosos no futuro".
'Divisão entre ricos e pobres'
O Brasil vive um momento histórico de redução da desigualdade, mas isso não necessariamente se repete no resto do mundo.
Segundo estudo prévio da Euromonitor, de março, a desigualdade de renda aumentou na maioria dos países entre 2006 e 2011, forçada pelo envelhecimento da população, pelo crescimento do desemprego e das medidas de austeridade em países desenvolvidos, além da persistente divisão entre áreas rurais e urbanas nos países em desenvolvimento.
Segundo o levantamento, essas disparidades podem minar os benefícios da recente onda de crescimento em alguns países.
A Euromonitor cita que aumentos desproporcionais de salários, avanços tecnológicos e urbanização também podem favorecer a desigualdade.
Para a consultoria, essas divisões também estão por trás de distúrbios sociais.
'O desafio climático'
"Padrões climáticos cada vez mais erráticos e o aumento dos níveis dos mares serão as maiores ameaças às populações nos próximos cinco anos e depois", diz a análise da Euromonitor.
Serve de exemplo a supertempestade Sandy, que recentemente varreu a costa leste dos EUA e deixou mais de 40 mortos no país. Os custos de reconstrução das áreas devastadas foram estimados em de US$ 30 bilhões a US$ 40 bilhões.
Favela brasileira; desigualdade caiu no país, mas cresceu em vários lugares do mundo, diz relatório
Mas os prejuízos causados pelo clima "errático" vão muito além disso. "Secas e enchentes continuarão a provocar devastação em plantações, afetando os preços dos alimentos nos próximos anos", segundo o relatório da Euromonitor.
'Um mundo em processo de envelhecimento'
A tendência global é de taxas menores de nascimentos e maior expectativa de vida, o que resulta em uma população mais velha.
O Brasil se encaixa nessa tendência: a taxa de fecundidade foi de 1,86 filho por mulher em 2010, segundo o IBGE. A população brasileira deve se estagnar a partir de 2030. As consequências socioeconômicas de casos como o brasileiro são diversas.
"Populações em processo de envelhecimento vão impactar as perspectivas futuras de crescimento econômico, por conta da redução da mão de obra e de taxas mais baixas de poupança e investimento", prevê a Euromonitor. "Ao mesmo tempo, gastos públicos relacionados à idade (caso da saúde) devem aumentar significativamente."
Dívidas fora de controle, medidas de austeridade na zona do euro e distúrbios políticos globais causam o maior nível de incerteza política e econômica dos últimos anos, aponta o relatório.
"E se a situação de prosseguir, isso terá efeitos para os consumidores que, em tempos incertos, vão exercitar a cautela ao tomar decisões de consumo."
'Classes médias emergentes'
"A expansão da classe média nos diversos países emergentes será um dos efeitos-chave do crescimento econômico (desses países), à medida que grandes contingentes populacionais deixaram a pobreza e formaram uma base de consumidores cada vez mais exigentes e sofisticados", opina a Euromonitor.
Relatório de novembro do Banco Mundial cita por exemplo o aumento da renda média na América Latina. Na última década a classe média da região cresceu em 50%, de 103 milhões de pessoas em 2003 para 152 milhões em 2009, hoje representando 30% da população.
Na Rússia, analistas apontam que a classe média está mais influente e busca sua voz na política; a China mira cada vez mais seu mercado de consumo doméstico, diante do desaquecimento da economia global.
'Jovens desiludidos'
A crise em países desenvolvidos teve como desfecho os altos índices de desemprego entre os jovens, e essa tendência deve se manter, diz a Euromonitor.
Idosos na Grã-Bretanha; população global está em processo de envelhecimento
Entre os casos mais graves estão a Espanha e a Grécia, onde, segundo dados da Eurostat (instituto oficial de estatísticas da União Europeia), a taxa de desocupação de pessoas com menos de 25 anos supera os 50%.
Essas taxas contribuem para a insatisfação dos eleitores mais jovens, muitos dos quais têm saído às ruas de Atenas e Madri para protestar contra as medidas de austeridade na Europa.
O relatório da Euromonitor afirma que "faltam perspectivas decentes para os jovens, que enfrentam altos desemprego, custos universitários e custos de vida, além da falta de moradia acessível e do fardo de ter que ajudar os mais idosos no futuro".
'Divisão entre ricos e pobres'
O Brasil vive um momento histórico de redução da desigualdade, mas isso não necessariamente se repete no resto do mundo.
Segundo estudo prévio da Euromonitor, de março, a desigualdade de renda aumentou na maioria dos países entre 2006 e 2011, forçada pelo envelhecimento da população, pelo crescimento do desemprego e das medidas de austeridade em países desenvolvidos, além da persistente divisão entre áreas rurais e urbanas nos países em desenvolvimento.
Segundo o levantamento, essas disparidades podem minar os benefícios da recente onda de crescimento em alguns países.
A Euromonitor cita que aumentos desproporcionais de salários, avanços tecnológicos e urbanização também podem favorecer a desigualdade.
Para a consultoria, essas divisões também estão por trás de distúrbios sociais.
'O desafio climático'
"Padrões climáticos cada vez mais erráticos e o aumento dos níveis dos mares serão as maiores ameaças às populações nos próximos cinco anos e depois", diz a análise da Euromonitor.
Serve de exemplo a supertempestade Sandy, que recentemente varreu a costa leste dos EUA e deixou mais de 40 mortos no país. Os custos de reconstrução das áreas devastadas foram estimados em de US$ 30 bilhões a US$ 40 bilhões.
Favela brasileira; desigualdade caiu no país, mas cresceu em vários lugares do mundo, diz relatório
Mas os prejuízos causados pelo clima "errático" vão muito além disso. "Secas e enchentes continuarão a provocar devastação em plantações, afetando os preços dos alimentos nos próximos anos", segundo o relatório da Euromonitor.
'Um mundo em processo de envelhecimento'
A tendência global é de taxas menores de nascimentos e maior expectativa de vida, o que resulta em uma população mais velha.
O Brasil se encaixa nessa tendência: a taxa de fecundidade foi de 1,86 filho por mulher em 2010, segundo o IBGE. A população brasileira deve se estagnar a partir de 2030. As consequências socioeconômicas de casos como o brasileiro são diversas.
"Populações em processo de envelhecimento vão impactar as perspectivas futuras de crescimento econômico, por conta da redução da mão de obra e de taxas mais baixas de poupança e investimento", prevê a Euromonitor. "Ao mesmo tempo, gastos públicos relacionados à idade (caso da saúde) devem aumentar significativamente."
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