quais sao as principais fontes de energia que aparecem no filme o menino que descobriu o vento e as transformacoes de energia
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Resposta:
Explicação: que William fez foi criar uma tecnologia para gerar eletricidade por meio de uma fonte de energia renovável abundante na região, a eólica, que cresceu 12% no mundo em 2018. A invenção tinha uma função muito clara na cabeça dele: trazer água para irrigar as plantações de sua comunidade que foram destruídas pela forte seca na região.
Em um relato publicado no HuffPost US, ele contou que o insight veio depois que ele entrou em contato com livros de ciência de uma biblioteca local, pelos quais diz ter se apaixonado, e descobriu como funcionavam os motores e a eletricidade. “Um outro livro dizia que um moinho poderia bombear água e gerar eletricidade. Bombear água significava irrigação. Uma defesa contra a fome. Então eu decidi construir um moinho sozinho”, lembra Kamkwamba no TEDGlobal2009.
Mas para construir essa solução para salvar sua família e comunidade da fome, esse jovem de apenas 13 anos teve de passar por muitos desafios. Para descobrir o que aconteceu com William e sua família depois de sua invenção, recomendamos que assista o filme. Sinalizamos que o debate que ele levanta é pra anteontem: mais de 1 bilhão de pessoas ainda não têm acesso à energia elétrica, de acordo com o relatório “Monitorando o ODS 7: Relatório de Progresso Energético 2018”, publicado pelas Nações Unidas, Banco Mundial e Organização Mundial da Saúde (OMS). A maioria delas está no continente africano. A meta é que em 2030 cada uma dessas pessoas tenha eletricidade em suas casas.
Pensando na realidade brasileira, embora tenhamos avançado bastante nos últimos anos, 0,95% da população ainda está sem acesso à energia elétrica, segundo a publicação “Quem ainda está sem acesso à energia elétrica no Brasil?”, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), o que corresponde à quase 2 milhões de pessoas, se pensarmos que o Brasil tem 208,4 milhões de habitantes. A maioria se encontra na Região Norte do país em lugares dispersos ou de difícil acesso. O documento ainda ressalta a importância das fontes renováveis de energia (como a dos ventos, a do sol, a da água e das plantas. Sim, você está lendo certo, das plantas) para essas comunidades que ainda não estão ligadas à grande rede que compartilha a eletricidade gerada no país, o chamado Sistema Interligado Nacional.
Nesses locais, a eletricidade é gerada localmente, nos quais os geradores a diesel ou gasolina ainda são muito usados. Mas, como aponta o IEMA, eles têm desvantagens em relação às tecnologias renováveis, porque poluem o ar, têm um custo de combustível e manutenção mais caros, são mais barulhentos e quebram com maior frequência. Uma das soluções apontadas, por exemplo, é utilizar esses geradores de forma complementar às fontes de energia renovável disponíveis no local, como a fotovoltaica, eólica, hidráulica e biomassa.
Não por acaso, dentre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, está o ODS 7, “Energia Limpa e Acessível”, com o intuito de “assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos”. Os ODS são compostos por 17 objetivos que precisarão ser atendidos em 2030 como um esforço mundial para salvar a Terra e o que vive nela..
A história do menino William mostra que o acesso à água e à energia é uma questão urgente que permeia aspectos políticos, sociais, econômicos, tecnológicos e ambientais e que está longe de ser um problema isolado. Você já parou para pensar nisso? Nós, por exemplo, ficamos pensando em quais seriam as histórias de cada uma das outras milhões e milhões de famílias como a do William.