Quais são as principais críticas que podemos fazer em relação ao trabalho de Auguste Comte?
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Resposta:
Auguste Marie François Xavier Comte foi um filósofo francês que ficou conhecido por ter sido o primeiro a sintetizar a necessidade de uma ciência da sociedade (Sociologia) e por ter fundamentado, pela primeira vez, a teoria positivista.
Comte era filho de uma família monarquista francesa tradicional e católica. Estudou na cidade de Montpellier até mudar-se para Paris, onde ingressou na Escola Politécnica. Após o fechamento temporário da Escola Politécnica, Comte retornou à sua cidade natal para estudar na Faculdade de Medicina.
Em 1817, retornou à Escola Politécnica, em Paris, mas foi expulso por liderar manifestações dentro da instituição. Comte passou a escrever para jornais e dar aulas particulares, até que começou a trabalhar como secretário do Conde de Saint Simon, filósofo francês progressista que se autoproclamava um socialista (como ainda não existia o socialismo científico, de Marx e Engels, ele é classificado hoje como socialista ou socialista utópico).
Saint Simon introduziu Comte no círculo intelectual francês de sua época e influenciou-o em muitos aspectos, o principal deles é o entendimento de que haveria uma marcha progressiva constante na história da humanidade, ou seja, que a humanidade sempre caminharia para o desenvolvimento. Também são ideias de Saint Simon que influenciaram o jovem Comte: a noção de que existem leis sociais — assim como a natureza obedece às leis da Física — e de que o conhecimento científico aperfeiçoa o ser humano.
Comte passou a dedicar-se à formulação de sua doutrina positivista e, em 1822, publicou o Plano de trabalhos necessários para a reorganização da sociedade. O filósofo começou a redigir o seu Curso de Filosofia Positiva em 1830 e terminou o último dos seis volumes apenas no ano de 1842.
Nos primeiros escritos, Comte já planejava um esboço da Sociologia, a qual nomeou de “Física Social”, em referência à semelhante organização por leis entre as ciências da natureza e a ciência da sociedade. O termo “sociologia” surgiu somente nos volumes do Curso de Filosofia Positiva.
Comte já havia rompido o trabalho com Saint Simon devido à incompatibilidade de ideais. Em 1947, o filósofo fundou o que ele chamou de Religião da Humanidade, ou Religião Positivista. Essa seria uma doutrina que daria lugar à religião comum, colocando o homem e o desenvolvimento do estágio positivo da humanidade (a ciência e a crença no cientificismo) no lugar da ideia comum de Deus.
As ideias de Comte conquistam adeptos fora da França, inclusive no Brasil – os militares que lideraram a Primeira República inspiraram-se na doutrina positivista. O filósofo morreu no ano de 1857, em Paris, aos 59 anos.