Quais sao as principais atividades economicas na regiao do Vale do Taquari ?
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Resposta:Vale do Taquari - Foi divulgado nesta semana pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) o Índice de Desenvolvimento Econômico (Idese) de 2011 e 2012. Os 36 municípios abrangidos pelo Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Corede-VT) obtiveram a segunda posição no Estado, com destaque para a saúde, na qual Coqueiro Baixo conquistou o primeiro lugar.
No ranking individual por município, dois representantes do Vale ficaram entre os dez mais bem colocados. Nova Bréscia subiu cinco posições e ficou na quarta colocação em 2012 e Westfália manteve-se na nona nos dois anos. Forquetinha foi o que mais obteve evolução, com crescimento de 16,1% em comparação ao Idese de 2010.
Lajeado, o polo da região, alcançou a 13º posição. Os demais municípios ficaram abaixo da 20º colocação - assim como Boqueirão do Leão e Itapuca, que tiveram as piores classificações do Vale, 365º e 370º consecutivamente.
Ainda restam avanços
A presidente do Corede-VT, Cíntia Agostini, relembra que nos últimos anos a região já esteve à frente na saúde. Mas, desde 2007, este foi o ano em que a área menos teve representatividade. "Cada vez mais se percebe que as pessoas reclamam e clamam mais pela saúde, porque é algo imediato, precisa ser agora. Ao contrário da educação e da renda que podem e necessitam de um médio prazo", afirma.
No quesito atendimentos, para Cíntia, a saúde obteve bons avanços. Especialidades, antes não encontradas aqui, agora estão disponíveis nos hospitais da região. Serviços oferecidos pela Fundação para Reabilitação das Deformidades Craniofaciais (FundeF) e do Centro Oftalmológico Regional não são contabilizados, mas também estão rendendo frutos na área.
As expectativas de melhoria baseiam-se na criação do Centro de Especialidades da Univates, que concentrará ainda mais os atendimentos no Vale. "É um dos nossos objetivos: regionalizar a saúde, evitar deslocamentos e promover tratamentos aqui." Para isso, ainda existem impedimentos quanto à manutenção dos serviços, devido aos baixos repasses - numa relação custo benefício - para hospitais e municípios, além da falta de corpo clínico, previsivelmente escassa para o interior.
O crescimento que vem do campo
Cíntia Agostini destaca que boa parte do desenvolvimento do Vale é proveniente da agropecuária. Isto porque a cadeia produtiva da região é consolidada, ligando desde o setor primário - quando os animais são criados e a matéria prima é retirada - até a produção/transformação e posterior venda. "Isso traz um resultado melhor, já que possuímos tudo aqui", explica.
A diversificação da produção e investimentos das cooperativas também propiciam esta melhora. "Temos 30% das aves do Estado, 15% dos suínos e 9% do leite, numa área que representa 1,7% do Estado. Isto é muito significativo. Se uma não está bem, as outras se diluem e as adequações ocorrem, principalmente na empregabilidade. As pessoas saem de uma área e vão para a outra de maneira muito facilitada."
Porém, ela ressalta que os números ainda não expressam a totalidade, tendo em vista que nem toda a produção agrícola é declarada, já que serve para o auto consumo. Em algumas regiões do Estado, isto representa cerca de 40% do todo.
Em Westfália, de 2,7 mil habitantes, não foi muito diferente. O município está na segunda posição do Estado em renda. Mais de 60% do montante arrecadado anualmente tem como base a agropecuária, com foco no frango de corte, leite e suínos. O município é o segundo no Estado com maior produção agropecuária por quilômetro quadrado.
Sírio Lamping (36) é um exemplo desta melhora no campo. Casado com Vivian Lamping (33) há seis anos, ele já ajuda os sogros na lida há praticamente uma década. "Desde que estou com a Vivian pensava em ajudar aqui. Mas só iria sair da firma se pudesse criar frangos", revela. Até então, a propriedade de Ilvo Ahlert (57) - o sogro - tinha somente suínos e gado leiteiro.
"Quando cheguei aqui tinha apenas um chiqueirão e 20 vacas. Agora, evoluímos e já contamos com o dobro de gado, a mesma quantia de suínos e 58 mil frangos, distribuídos em dois aviários", conta. As aves são encaminhadas na totalidade para a Cooperativa Languiru, que tem 42% da produção proveniente de Westfália.
De acordo com o secretário municipal de Agricultura, Élcio Lupatini, no ano passado o município solicitou R$ 6,8 milhões em crédito rural. Valores que animam os jovens. O extensionista rural da Ascar/Emater-RS Marcelo Müller afirma que no acompanhamento dos agricultores é possível perceber que atualmente os mais novos querem ver um bom futuro no negócio. "É preciso ter bons exemplos para passar adiante. 65% deles permanecem no campo e ajudam os pais a crescer, porque veem uma boa alternativa", afirma.