quais são as mudanças no tocante á sucessão ao trono britânico?
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Os países da Comunidade Britânica decidiram modificar as leis sobre os direitos ao trono britânico.
Mais de mil anos de história real mudarão para dar a homens e mulheres as mesmas chances de assumir a coroa. Além disso, será anulada também a proibição ao monarca de ter um cônjuge católico.
Todos os 16 países do Commonwealth, que tem a rainha Elizabeth 2ª como chefe de estado, precisarão modificar suas leis relativas à sucessão.
No entanto, especialistas do governo admitem que ainda estão avaliando que leis precisarão alterar.
Eles fizeram uma lista de nove leis que datam de 1689, mas é possível que elas não sejam as únicas.
Um dos problemas é que o direito de primogenitura masculina - que dá aos irmãos mais novos o direito de se tornarem monarcas antes de suas irmãs mais velhas - é baseado em muitos séculos de leis de propriedade do direito comum britânico e não somente em uma norma.
De acordo com a regra, a coroa só podia ser passada à filha mais velha quando não havia filhos homens, como no caso do rei George 6º, pai da rainha Elizabeth.
Acordo
A decisão foi anunciada nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante a cúpula bianual da Comunidade Britânica em Perth, na Austrália.
"Estou muito feliz de dizer que chegamos a um acordo unânime sobre duas mudanças nas regras da sucessão. Primeiro, acabaremos com a regra de primogenitura masculina para que no futuro, a ordem de sucessão seja determinada simplesmente pela ordem de nascimento. E concordamos em aplicar esta mudança para todos os herdeiros do Príncipe de Gales."
"Em outras palavras, se o duque e a duquesa de Cambridge estivessem esperando uma menina, essa menina seria nossa rainha um dia", completou Cameron.
O príncipe William e Kate Middleton, duque e duquesa de Cambridge, se casaram no dia 29 de abril.
A rainha Elizabeth 2ª celebrará em alguns meses o 60º aniversário de sua coroação na Abadia de Westminster, em Londres.
Mudanças históricas
Se os direitos iguais ao trono tivessem existido no passado, a história da Grã-Bretanha poderia ter sido diferente.
O rei Henrique 8º e o rei Carlos 1º, dois dos mais famosos monarcas britânicos, provavelmente não teriam existido, já que ambos tinham irmãs mais velhas.
Ao invés de Henrique 8º, cujo reino marcou o início da Igreja Anglicana, sua irmã Margaret teria sido rainha.
O reino de Carlos 1º, no século 17, levou a uma sangrenta guerra civil. Mas ele também tinha uma irmã mais velha, Elizabeth.
A era moderna da monarquia britânica também teria seguido outro caminho.
A primogênita da Rainha Vitória, nascida em 1840, se casou com o imperador alemão Frederico 3º. Caso ela tivesse se tornado rainha, a coroa teria passado para seu filho, o kaiser alemão Guilherme 2º.
Com Alemanha e a Grã-Bretanha governadas pelo mesmo rei, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial poderiam nunca ter acontecido.
Casamento e fé
A anulação da proibição ao monarca de ser casado com uma pessoa de fé católica também significará modificar o Ato de Estabelecimento inglês de 1701, que foi redigido durante o reinado de Guilherme 3º.
No momento em que a lei foi criada, o monarca estava doente e sem filhos e sua cunhada Anne havia acabado de perder seu único filho.
Sem herdeiros, ele temia que a sucessão fosse para o rei católico deposto Jaime 2º ou para seus filhos.
As mudanças legais na Grã-Bretanha, no entanto, não devem acontecer pelos próximos quatro anos.
A Suécia foi a primeira monarquia europeia a declarar direitos iguais para homens e mulheres na linha de sucessão, em 1980.
Desde então, a decisão foi tomada por países como Noruega, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Luxemburgo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados
Mais de mil anos de história real mudarão para dar a homens e mulheres as mesmas chances de assumir a coroa. Além disso, será anulada também a proibição ao monarca de ter um cônjuge católico.
Todos os 16 países do Commonwealth, que tem a rainha Elizabeth 2ª como chefe de estado, precisarão modificar suas leis relativas à sucessão.
No entanto, especialistas do governo admitem que ainda estão avaliando que leis precisarão alterar.
Eles fizeram uma lista de nove leis que datam de 1689, mas é possível que elas não sejam as únicas.
Um dos problemas é que o direito de primogenitura masculina - que dá aos irmãos mais novos o direito de se tornarem monarcas antes de suas irmãs mais velhas - é baseado em muitos séculos de leis de propriedade do direito comum britânico e não somente em uma norma.
De acordo com a regra, a coroa só podia ser passada à filha mais velha quando não havia filhos homens, como no caso do rei George 6º, pai da rainha Elizabeth.
Acordo
A decisão foi anunciada nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante a cúpula bianual da Comunidade Britânica em Perth, na Austrália.
"Estou muito feliz de dizer que chegamos a um acordo unânime sobre duas mudanças nas regras da sucessão. Primeiro, acabaremos com a regra de primogenitura masculina para que no futuro, a ordem de sucessão seja determinada simplesmente pela ordem de nascimento. E concordamos em aplicar esta mudança para todos os herdeiros do Príncipe de Gales."
"Em outras palavras, se o duque e a duquesa de Cambridge estivessem esperando uma menina, essa menina seria nossa rainha um dia", completou Cameron.
O príncipe William e Kate Middleton, duque e duquesa de Cambridge, se casaram no dia 29 de abril.
A rainha Elizabeth 2ª celebrará em alguns meses o 60º aniversário de sua coroação na Abadia de Westminster, em Londres.
Mudanças históricas
Se os direitos iguais ao trono tivessem existido no passado, a história da Grã-Bretanha poderia ter sido diferente.
O rei Henrique 8º e o rei Carlos 1º, dois dos mais famosos monarcas britânicos, provavelmente não teriam existido, já que ambos tinham irmãs mais velhas.
Ao invés de Henrique 8º, cujo reino marcou o início da Igreja Anglicana, sua irmã Margaret teria sido rainha.
O reino de Carlos 1º, no século 17, levou a uma sangrenta guerra civil. Mas ele também tinha uma irmã mais velha, Elizabeth.
A era moderna da monarquia britânica também teria seguido outro caminho.
A primogênita da Rainha Vitória, nascida em 1840, se casou com o imperador alemão Frederico 3º. Caso ela tivesse se tornado rainha, a coroa teria passado para seu filho, o kaiser alemão Guilherme 2º.
Com Alemanha e a Grã-Bretanha governadas pelo mesmo rei, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial poderiam nunca ter acontecido.
Casamento e fé
A anulação da proibição ao monarca de ser casado com uma pessoa de fé católica também significará modificar o Ato de Estabelecimento inglês de 1701, que foi redigido durante o reinado de Guilherme 3º.
No momento em que a lei foi criada, o monarca estava doente e sem filhos e sua cunhada Anne havia acabado de perder seu único filho.
Sem herdeiros, ele temia que a sucessão fosse para o rei católico deposto Jaime 2º ou para seus filhos.
As mudanças legais na Grã-Bretanha, no entanto, não devem acontecer pelos próximos quatro anos.
A Suécia foi a primeira monarquia europeia a declarar direitos iguais para homens e mulheres na linha de sucessão, em 1980.
Desde então, a decisão foi tomada por países como Noruega, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Luxemburgo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados
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