Quais são as maiores dificuldades para o funcionamento da Unasul?
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Resposta:
Antes mesmo de ser oficialmente criada, a Unasul (União das Nações Sul-americanas) já conta com divergências entre seus futuros estados membros. O ex-presidente do Equador, Rodrigo Borja, que ocuparia a secretaria-geral do grupo, abriu mão do cargo. A desistência foi anunciada no próprio País pelo presidente equatoriano, Rafael Correa.
De acordo com o assessor especial da Presidência da República, ministro Marco Aurélio Garcia, Borja tinha metas ambiciosas demais para o bloco de nações sul-americanas.
"Evidentemente, se é uma visão muito ambiciosa é difícil que nós compatibilizemos todos os interesses", afirmou ao chegar ao encontro da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Unsaul em Brasília, no início da manhã desta sexta.
Marco Aurélio revelou que o equatoriano tinha pretensões incompatíveis com outros blocos subregionais, como o Mercosul e com a Comunidade Andina de Nações. "O presidente Borja tinha uma idéia muito, muito ambiciosa. Nós sabemos que não é assim, até porque o Mercosul e a comunidade andina têm alguns escopos que não são da Unasul, como é o caso da constituição de uma união aduaneira no caso do Mercosul. Na Unasul não se pretende isso", ponderou.
O assessor da presidência não infirmou, no entanto, se a sede da Secretaria-geral da Unasul continuará sendo Quito (capital equatoriana), conforme previsto. Marco Aurélio Garcia também não comentou outra dificuldade do novo bloco: o fato de a Colômbia ter desistido de assumir a presidência provisória, na Bolívia. Com isso, a chefia rotativa do grupo passará para o Chile.