Quais são as glândulas presentes no encéfalo?
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Resposta:Partes do Encefalo
Geralmente, os neuroanatomistas dividem o encéfalo em seis regiões principais: o telencéfalo (hemisférios cerebrais), o diencéfalo (tálamo e hipotálamo), mesencéfalo, cerebelo, ponte e medula.
Resposta:
Hipotálamo, Hipófise e Epífise (ou pineal)
Explicação:
Hipotálamo
O hipotálamo é uma formação situada na parte média da porção inferior do cérebro, constituída fundamentalmente por neurónios. Encontra-se junto ao terceiro ventrículo, uma das cavidades cerebrais repletas de líquido cefalorraquidiano, por baixo de um grande núcleo cinzento da base do cérebro denominado tálamo. Imediatamente por baixo do hipotálamo, encontra-se o quiasma óptico, uma formação correspondente à união dos nervos ópticos provenientes dos olhos, cujas fibras se cruzam parcialmente neste ponto, de modo a formar as fitas ópticas que transmitem os estímulos visuais para o cérebro.
O hipotálamo tem uma forma rombóide. A parte central da sua base é lisa e arredondada e denomina-se de eminência média; daqui surge uma saliência em forma de funil, denominada de tuber cinereum, que se prolonga para baixo, formando um apêndice que chega até a hipófise, a haste da hipófise, unindo ambas as estruturas.
Embora se trate de uma formação homogénea, é possível enumerar no hipotálamo uma série de zonas com actividades específicas ou "centros hipotalâmicos", ligados entre si e também com múltiplas estruturas encefálicas, como o córtex cerebral e vários núcleos cinzentos da base do cérebro. Entre estes centros hipotalâmicos, destacam-se alguns encarregues de regular a temperatura corporal, o sono, a sede e o apetite. Algumas destas áreas, os núcleos supra-ópticos (situados precisamente por cima do quiasma óptico) e os núcleos paraventriculares (situados junto ao terceiro ventrículo cerebral), têm uma acção muito específica sobre o sistema endócrino, pois os seus neurónios contêm prolongamentos que atravessam o tuber cinereum e a haste hipofisária até chegarem ao lobo posterior da hipófise, onde são libertadas as hormonas produzidas.
Hipófise
A hipófise é uma pequena glândula em forma de gema que pende da base do cérebro, imediatamente por baixo do hipotálamo, situada junto a uma concavidade do osso esfenóide conhecida como sela turca. Costuma-se dizer que tem o tamanho de uma ervilha, pois mede apenas 6 mm no sentido anteroposterior, cerca de 10 mm de largura e um pouco menos de altura, e um peso de 500 mg.
A glândula divide-se em duas porções bem diferentes, que têm uma origem embriológica distinta - a hipófise anterior e a hipófise posterior.
A hipófise anterior, ou adeno-hipófise, originada a partir de uma saliência da faringe durante o estado embrionário, é uma estrutura eminentemente glandular formada por células especializadas na produção de hormonas.
A hipófise posterior, ou neuro-hipófise, originada a partir do tecido cerebral, é maioritariamente formada pelas terminações dos neurónios, cujos corpos celulares se encontram nos núcleos supra-ópticos e paraventriculares do hipotálamo. De facto, trata-se de uma zona de "armazenamento" de hormonas produzidas pelo hipotálamo, apesar de muitas vezes englobar secreções de origem hipofisária.
Glândula pineal
A glândula pineal, igualmente denominada epífise, é uma pequena estrutura cerebral que, embora se considere pertencente ao sistema endócrino, ainda não se conhece com precisão a sua função no ser humano. Segundo parece, a glândula pineal desempenha um determinado papel regulador na actividade das gónadas sexuais através da secreção de uma hormona denominada melatonina, um facto comprovado em animais de reduzida dimensão, como os ratos, mas não no ser humano. Todavia, existem casos de tumores desenvolvidos nesta glândula, cujas repercussões afectam o desenvolvimento das gónadas, provocando uma puberdade precoce ou uma puberdade tardia. Por isso, ainda existe muito para averiguar sobre o funcionamento desta específica glândula no ser humano.